Quanto a Copa emite de carbono?


Campeonato é o mais verde já realizado

               

Há críticas sobre vários aspectos do torneio, que vão diminuindo com seu sucesso e a qualidade de sua organização. Criticou-se mesmo a escolha do símbolo do torneio, por ser um dos animais do país em risco de extinção, muito embora a repercussão tenha levado à possibilidade de criação de um parque nacional para a proteção do tatu-bola.

Para começar, dois dos estádios usam apenas energia solar, e todos eles são certificados pela Liderança em Design Energético e Ambiental (Leed). Além disso, o comitê de organização da Copa fez uma parceria com o programa ambiental da ONU, Unep, para fornecer informações à torcida sobre como ela podem reduzir seu impacto ambiental.

O mais importante, porém, é que esta é a primeira competição deste tipo que compensa suas emissões de carbono. Em seu término, terá usado energia suficiente para alimentar todos os 260 milhões de carros e caminhões nos Estados Unidos em um dia, o que pode ser considerado pífio em termos de emissões globais- além do que a relação mostra quem contribui mais com o aquecimento global.

De acordo com números da Fifa, 60% das emissões serão criadas pelos vôos internacionais. Os outros serão causados por caminhões para o transporte de equipamentos, o deslocamento de torcedores e a operação de todos os equipamentos eletrônicos necessários.

Os organizadores da Copa informaram que cerca de U$ 1.5 bilhões foram alocados para compensar os efeitos sobre a mudança do clima criados pelo evento. A projeção estima a produção de 1.4 milhão de toneladas de CO2 em toda sua duração.

De acordo com Carlos Klink, secretário de mudança do clima do Ministério do Meio Ambiente, o país preparou nos últimos anos uma agenda sustentável e lidera um mecanismo especial para compensar as emissões de carbono em grandes eventos.

“Não existia uma metodologia para eles até então. Estudamos as melhores práticas na metodologia do Painel Internacional da Mudança do Clima (IPCC) e decidimos criar a nossa própria, com expertise internacional e de forma participativa”,  disse ele aoResponding to Climate Change.

Foto: Divulgação/CBF

Fonte: Planeta Sustentável