Finalmente, um verdadeiro estacionamento para bicicletas!


Foto : Agence Métropolitaine de transport. A chamada “Vélostation” da estação do subúrbio de Deux- Montagnes, pode receber até 78 bicicletas.

Um super estacionamento para bicicletas, como sonhavam todos os ciclistas: um abrigo fechado, que protege o veículo contra roubo e tempo ruim. A Estação de bicicleta abriu as suas portas para a estação de trem Deux-Montagnes, nos subúrbios do norte de Montreal.

O serviço que acabou de ser lançado, já se encontra lotado. Os 78 lugares de estacionamento disponíveis desde o início de julho, foram reservados em três semanas. Para ter acesso, basta criar um registro gratuito na Agência Metropolitana de Transportes (AMT). O cartão Opus + permite aos clientes registrados a entrada e destrave da porta do estacionamento.

"O estacionamento já está lotado neste momento. Queremos incentivar as pessoas a utilizar a estação de bicicleta em vez de carros", diz Brigitte Leonard, porta-voz da AMT.

“Nós esperamos que haja outras estações como essa", disse Marc Jolicoeur , diretor de desenvolvimento de bicicletas do Québec. Nosso departamento acolhe esta iniciativa.

AMT planeja construir outra estação de bicicletas no metrô de Longueuil , o projeto piloto de Deux-Montagne se mostra conclusivo. A Société de Transport de Montreal (STM), também está se preparando para abrir um abrigo em Lionel – Groulx metrô.

NÓS QUEREMOS MAIS

Esse tipo de estacionamento de bicicletas será especialmente utilizado no inverno, pois não é fácil estacionar uma bicicleta em uma tempestade de neve. Os ciclistas de inverno são cada vez mais numerosos nos subúrbios e nas ruas de Montreal.

Mesmo no verão, ainda pode ser difícil encontrar um local adequado para estacionar a sua bicicleta na cidade. Afinal, você não pode deixá-la em qualquer lugar, ela deve ser estacionada em um local permitido e seguro.

Não seria ótimo ter abrigos de bicicleta em torno de toda cidade? Porque em pleno ano de 2013 ainda as estacionamos na calçada – aos olhos dos ladrões? Se há carros no estacionamento, porque não fazer o mesmo pelas bicicletas?

O projeto mal sucedido da Îlot Voyageur no metrô de Berri, já previa 500 lugares de estacionamento dedicados às bicicletas em seu interior, relembra Marc Jolicoeur. A Grande Biblioteca e o Complexe Desjardins, também oferecem um grande estacionamento coberto, embora somente para seus funcionários em se tratando do Complexe. Os festivais Francofolies e o Festival de Jazz, disponibilizarão para os ciclistas um abrigo temporário, onde colocarão suas bicicletas com segurança.
Sempre se pode sonhar: imaginar Montreal um dia com estacionamento público e monitorado com 20.000 lugares disponíveis, como em algumas cidades europeias. Sim, nós podemos sempre sonhar…

Fonte: Le blogue urbain – Le Devoir
Matéria publicada dia: 26 de julho de 2013 as 14h18 por Marco Fortier em Le blogue urbain.
Tradução: Matheus Lima.

Imposto sobre bicicletas no Brasil é de 40,5% maior que de carros


                

Embora tenha crescido no país o discurso pró-bicicleta, pelas vantagens ambientais, na saúde da população e para desafogar o trânsito, o governo tributa mais as “magrelas” que os carros, beneficiados por incentivos fiscais, que podem ser prorrogados até 2014. Segundo estudo elaborado pela Tendências Consultoria para a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), o imposto que incide sobre as bicicletas no país é de 40,5% em média, contra 32% dos tributos no preço final dos carros, de acordo com levantamento da Consultoria IHS Automotive no Brasil. A falta de incentivo fica claro na comparação do IPI: a alíquota do tributo federal é de 3,5% para carros populares, contra 10% para as bicicletas produzidas fora da Zona Franca de Manaus (ZFM, onde há isenção, mas que produz apenas 21% do total do país).

Com isso, o Brasil tem umas das bicicletas mais caras do mundo. Uma bike comum, aro 26 e 21 marchas, vendida em média a R$ 400 no Brasil, é cerca de 54% mais cara que uma similar nos Estados Unidos, onde sai por R$ 259, segundo pesquisas em sites de compras. A bicicleta dobrável, ideal para uso de forma integrada ao transporte público, custa R$ 640 no Brasil, contra R$ 477 na Alemanha.

– Com todos os benefícios da bicicleta me parece descabido este elevado grau de impostos. A população tem se conscientizado, algumas cidades estão criando infraestrutura de ciclovias e ciclofaixas, mas falta, ainda, a questão tributária – afirmou Marcelo Maciel, presidente da Aliança Bike, que reúne 53 empresas do setor.

Venda pode subir 14% com preço baixo

Segundo o estudo, em média, uma bicicleta que sai de uma fábrica brasileira tem seu preço elevado em 68,2% devido aos impostos, levando em conta o mix de produção do Brasil, uma vez que a produção de Manaus, 21% do total, tem menos impostos. Levando em conta apenas o preço de uma bicicleta fabricada no resto do país, os tributos elevam em 80,3% seu preço, ou seja, nestes casos, uma parcela de 44,5% do preço final das bikes é tributos.

Para Daniel Guth, consultor da Associação de Ciclistas Urbanos da Cidade de São Paulo (Ciclocidade), a tributação e seu impacto nos preços é fundamental para estimular o uso das bicicletas no país. Segundo ele, do total de bicicletas vendidas no Brasil, 50% são destinadas ao transporte, 37% vão para as crianças, 17% usadas para lazer e 1% para corrida:

– Temos dados que mostram que 30% das pessoas que usam bicicletas no país têm renda de até R$ 600. E uma bicicleta não sai por menos de R$ 500, então o fator preço pesa muito.

Segundo a economista Carla Rossi, da Tendências, uma redução de 10% do preço pode gerar aumento imediato de 14% nas vendas no Brasil. Ela estima que, por causa do preço, o mercado das bikes, de cinco milhões de unidades em 2011, chegará a 5,9 milhões em 2018, enquanto que o potencial, com um preço mais justo, seria de 9,3 milhões de unidades.

– E uma redução nos impostos poderia auxiliar até na formalização do setor, com cerca de 40% das 235 fabricantes do país informais, de pequeno tamanho.

Quem não quer entrar na informalidade acaba se transformando em importador. É o caso da RioSouth, empresa carioca que planejava fabricar bicicletas elétricas em solo fluminense. Mas os sócios da empresa fizeram as contas e viram que suas bicicletas, que hoje custam de R$ 3 mil a R$ 4 mil – no caso da elétrica dobrável – sairiam 30% mais caras:

– Teríamos o imposto de importação de peças, pois motores e baterias não são feitos no país, e o elevado custo da mão de obra. Não conseguiríamos incentivos, pois somos pequenos. No fim, decidimos fazer o design das bicicletas e fabricá-las na China – disse Felipe Tolomei, sócio da empresa. – E como esse preço ainda é alto por causa de impostos, muitos consumidores acabam optando por comprar uma scooter, que sai a partir de R$ 4 mil.

E não é apenas o preço final que afasta os usuários. Renato Mirandolla, gerente da Dádiva Bike, pequena distribuidora de peças e que também produz algumas bicicletas na capital paulista, diz que os caros insumos castigam os mais humildes:

– Um pneu de bike custa cerca de R$ 30. Um trabalhador que use sua bicicleta todo o dia precisa fazer a troca a cada dois ou três meses, isso pesa no orçamento.

 

Tablets substituem bikes

Everton Francatto, diretor comercial da Verden Bikes, fábrica que produz cerca de 40 mil bicicletas por ano no interior paulista, afirma que hoje o maior problema do setor é o preço. Ele lembra que uma bicicleta para o dia a dia no Brasil custa cerca de R$ 500, contra valores entre € 80 e € 120 na Alemanha:

– A nossa maior preocupação é justamente nas bicicletas infantis, que custam cerca de R$ 300. Nessa faixa temos uma forte concorrência com o eletrônico. Hoje o sonho de Natal das crianças não é mais a bike, é um tablet, e isso gera problemas de saúde para esta geração.

Ele explica, ainda, que apesar do setor poder integrar o Supersimples, o ICMS encarece o produto. As bicicletas estão enquadradas no conceito de substituição tributária. Pelo regime, o valor do imposto é cobrado tanto da indústria quanto do varejo, antes que o produto seja de fato comercializado. Para tanto, é realizada uma estimativa do valor final do produto ao consumidor e é feito uma cobrança quando o produto cruza uma divisa estadual.

Fonte: http://www.portalaz.com.br/ ; http://oglobo.globo.com/

Laísa Mangelli

Rio quer incentivar uso da bicicleta no trajeto para o trabalho


bicicleta-ecod

A bicicleta pode ser o meio mais rápido de chegar ao trabalho e uma solução para escapar dos congestionamentos. Para incentivar mais pessoas a aderir à prática, uma série de ações de estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte marcará o Dia Mundial de Bicicleta ao Trabalho, na sexta-feira, 8 de maio, no Rio de Janeiro.

A ideia é buscar alternativas para os problemas de mobilidade, que, além de melhorar o trânsito, promovem mais qualidade de vida.

As atividades fazem parte de uma agenda mundial, que se repetirá em várias cidades brasileiras. No Rio, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as organizações não governamentais Bike Anjo e Escola de Pedal promovem, desde segunda-feira (4), palestras com dicas destinadas àqueles que querem ganhar confiança para enfrentar as movimentadas avenidas da cidade.

“O primeiro passo para ir de bicicleta ao trabalho é escolher uma rota. O ciclista tem de pegar vias menos movimentadas. Ou seja, escolher um roteiro para conquistar segurança”, orientou Ana Luiza Carboni, da Bike Anjo. Segundo ela, é preciso saber um pouco de direção defensiva.

Alternativas

“O ciclista deve ser assertivo, se impor na pista [e não ficar acuado no canto], gesticular e se comunicar com os demais motoristas”, acrescentou.

Para Ana Luiza, a desculpa de não ter vestiário ou bicicletário na empresa não deve impedir ninguém de andar de bicicleta. Como solução para evitar o suor excessivo no trajeto, no caso do Rio, ela sugere pedaladas mais lentas ou o conforto de um estacionamento pago.

Integração é desafio

Entusiasta das bicicletas, o secretário de Meio Ambiente, Altamirando Fernandes Moraes, que recentemente inaugurou, na sede administrativa da prefeitura, uma estrutura para que os ciclistas tomem banho e troquem de roupa, informou que tem ampliado ciclovias e estações onde é possível alugar uma bicicleta. O desafio é a integração com trens e o metrô, que ainda não permitem passageiros com bicicletas no horário comercial.

“A parceria com a Supervia [empresa que administra os trens] é muito boa. Temos vagas para bicicletas e local para encher pneus. A parceria foi muito boa. Aos sábados e domingos, está liberado o transporte de bicicletas nos trens. No metrô, a liberação inclui sábados, domingos e [o período] após 21h, o que é um avanço”, destacou Altamirando.

Convivência respeitosa

Quem usa a bicicleta de casa para o trabalho garante que a prática revigora. Antônio Nunes, consultor de informática, disse que não perde mais tempo procurando vagas e não tem mais o mesmo estresse no trânsito. “Os ônibus, táxis e motos ainda não se acostumaram às bicicletas, mas eles não têm outra opção a não ser nos aceitar”, explicou. “Quanto mais pessoas usando bicicletas por toda a cidade, mais os ciclistas serão notados e respeitados”, completou Nunes.

Para o secretário Altamirando Fernandes, a convivência respeitosa é a única solução para o trânsito. “Não teremos ciclovias em todas as ruas. Temos de baixar a velocidade [dos carros], como fizemos em Copacabana [para 30 quilômetros por hora nas ruas principais]. A bicicleta anda na pista e o carro espera o melhor momento para ultrapassar.”

 

por Isabela Vieira, da Agência Brasil em EcoD | Foto Wilson Dias

Fonte: ecoplanet

Centro do Rio começa a ganhar rotas cicloviárias


Ainda não é o ideal, mas já é um começo. Até agora um território “virgem” de qualquer infraestrutura para a circulação de bicicletas, o centro do Rio de Janeiro começa a entrar efetivamente nos planos das autoridades municipais no que diz respeito às magrelas com o anúncio, no portal da prefeitura, de que serão implantados 3 quilômetros de rotas cicloviárias na região.

A novidade consistirá de três rotas que terão o papel de unir parte do centro do Rio à extensa série de ciclovias que cobre a orla da Zona Sul da cidade.

Os três caminhos cicloviários se encontrarão no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, e terão como pontas, respectivamente, a Cinelândia,  a Praça Henrique Lage/Buraco do Lume (via Largo da Carioca) e a Praça XV – todos pontos vitais do centro do Rio, com grande concentração de empregos, comércio e atrações culturais.

As vias abrangidas, segundo nota do portal da prefeitura, terão intervenções como mudança de pisos, rebaixamento de meio fio, além de sinalização horizontal e vertical.  Também serão instalados nos arredores 80 bicicletários públicos, cada um com capacidade para duas bicicletas, além de 24 novas estações do sistema de bicicletas compartilhadas Bike Rio (atualmente, há apenas duas estações na região central da cidade).

Interessante notar que, no mapa incluído na nota da prefeitura, já aparece delimitada a malha cicloviária do Ciclo Rotas (acima), projeto concebido de maneira colaborativa e proposto em agosto do ano passado à prefeitura,  envolvendo uma infraestrutura de 33 quilômetros de rotas cicloviárias na área central da cidade. Ou seja: as três rotas iniciais podem ser o começo da implantação de uma rede 10 vezes mais extensa, o que tornaria a região em uma verdadeira “zona franca” para o pedal.O anúncio das novas rotas ocorre em meio a uma série de mudanças na mobilidade do centro da cidade em virtude do fechamento total do Elevado da Perimetral, que será implodido como parte do mega-projeto de revitalização da Zona Portuária.

O incentivo ao uso de bicicletas faz parte do desafio de operar a transição entre a forma atual de se locomover na região – atualmente  dominada por carros e ônibus – para um maior equilíbrio e integração entre os diversos modais, pretendido por meio da construção de redes de VLT, BRT e melhorias anunciadas nas redes de metrô, trens e barcas. A bicicleta aparece como elemento auxiliar na integração dos diversos meios de transporte de massa.

Quem trabalha ou vive na região, entretanto, vive atualmente uma situação de transtornos na hora de se locomover, uma vez que as recentes medidas de limitação ao uso do automóvel no centro do Rio – como a eliminação de milhares de vagas de estacionamento e o próprio fechamento da Perimetral – ainda não foram acompanhadas de melhorias perceptíveis nas opções de transporte público.

Fonte: The City Fix Brasil

 

Ainda não é o ideal, mas já é um começo. Até agora um território “virgem” de qualquer infraestrutura para a circulação de bicicletas, o centro do Rio de Janeiro começa a entrar efetivamente nos planos das autoridades municipais no que diz respeito às magrelas com o anúncio, no portal da prefeitura, de que serão implantados 3 quilômetros de rotas cicloviárias na região.

A novidade consistirá de três rotas que terão o papel de unir parte do centro do Rio à extensa série de ciclovias que cobre a orla da Zona Sul da cidade.

Os três caminhos cicloviários se encontrarão no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, e terão como pontas, respectivamente, a Cinelândia,  a Praça Henrique Lage/Buraco do Lume (via Largo da Carioca) e a Praça XV – todos pontos vitais do centro do Rio, com grande concentração de empregos, comércio e atrações culturais.

As vias abrangidas, segundo nota do portal da prefeitura, terão intervenções como mudança de pisos, rebaixamento de meio fio, além de sinalização horizontal e vertical.  Também serão instalados nos arredores 80 bicicletários públicos, cada um com capacidade para duas bicicletas, além de 24 novas estações do sistema de bicicletas compartilhadas Bike Rio (atualmente, há apenas duas estações na região central da cidade).

Interessante notar que, no mapa incluído na nota da prefeitura, já aparece delimitada a malha cicloviária do Ciclo Rotas (acima), projeto concebido de maneira colaborativa e proposto em agosto do ano passado à prefeitura,  envolvendo uma infraestrutura de 33 quilômetros de rotas cicloviárias na área central da cidade. Ou seja: as três rotas iniciais podem ser o começo da implantação de uma rede 10 vezes mais extensa, o que tornaria a região em uma verdadeira “zona franca” para o pedal.O anúncio das novas rotas ocorre em meio a uma série de mudanças na mobilidade do centro da cidade em virtude do fechamento total do Elevado da Perimetral, que será implodido como parte do mega-projeto de revitalização da Zona Portuária.

 

O incentivo ao uso de bicicletas faz parte do desafio de operar a transição entre a forma atual de se locomover na região – atualmente  dominada por carros e ônibus – para um maior equilíbrio e integração entre os diversos modais, pretendido por meio da construção de redes de VLT, BRT e melhorias anunciadas nas redes de metrô, trens e barcas. A bicicleta aparece como elemento auxiliar na integração dos diversos meios de transporte de massa.

Quem trabalha ou vive na região, entretanto, vive atualmente uma situação de transtornos na hora de se locomover, uma vez que as recentes medidas de limitação ao uso do automóvel no centro do Rio – como a eliminação de milhares de vagas de estacionamento e o próprio fechamento da Perimetral – ainda não foram acompanhadas de melhorias perceptíveis nas opções de transporte público.

– See more at: http://thecityfixbrasil.com/2014/02/07/centro-do-rio-comeca-a-ganhar-rotas-cicloviarias/#sthash.d3cKJ5Y7.dpuf

Governo do Piauí começa a distribuir bicicletas para alunos da rede estadual e municipal


Objetivo é facilitar o transporte dos estudantes e criar uma prática saudável

                             

 

Para resolver o problema do transporte escolar, o Governo do Estado do Piauí vai distribuir 120 mil bicicletas para alunos das redes estadual e municipal de ensino. O investimento total é de R$ 44,6 milhões (R$ 371, 66 por cada bicicleta) e os estudantes que moram a uma distância de até quatro quilômetros da escola poderão receber a bike.

Executado pela Secretaria Estadual da Educação, o programa Pedala Piauí pretende facilitar o acesso às escolas, principalmente dos estudantes que moram em zonas rurais, e incentivar práticas saudáveis.

Segundo informações do jornal Gazeta do Povo, cerca de 10% do total das bicicletas já foram entregues.

Via Jornal Gazeta do Povo.

Fonte: Catraca Livre

 

Paris e Madri vão banir carros do centro e investir em bicicletas


Ciclovia no contrafluxo em rua de Paris. Foto: Rene Beignet

Ciclovia no contrafluxo em rua de Paris. Foto: Rene Beignet

Nada como pensar no meio ambiente e na mobilidade urbana de forma diferenciada. Cidades que adotam cada vez mais o uso das bicicletas estão à frente, como é o caso de Paris, quando a prefeita Anne Hidalgo, estabeleceu que até 2020 o centro da cidade estará livre de carros, isso significa que nas áreas centrais, onde normalmente os carros invadem todos os espaços, pedestres, ciclistas, táxis e ônibus terão liberdade de circulação.

Essa medida vem ao encontro de se tentar diminuir os níveis de poluição, dessa forma a prefeitura oferece alternativas para a população como transporte público, bicicletas e compartilhamento de carros elétricos gratuitamente. A ideia é que o projeto inicie aos finais de semana até se tornar permanente. Vale ressaltar, que a prefeita quer investir cerca de €$ 100 milhões para duplicar os quilômetros das ciclovias até 2020.

Atualmente, 60% dos moradores de Paris não possuem carros.

Já em Madri, será proibida a circulação de carros a partir desse mês em uma área de 352 hectares. Quem desobedecer será multado em €$ 90. Além disso, por lá também é forte o Sistema BiciMad, com aluguel de bicicletas e o incentivo ao uso do transporte público.

Fonte: Mistura Urbana

Ônibus com suportes para bicicletas vai funcionar em Florianópolis


Os ônibus funcionarão em caráter experimental, por 45 dias.

   Para quem usa a bike como meio de transporte diariamente sabe das dificuldades que encontramos no caminho. Além da falta de ciclovias, os ciclistas enfrentam condições precárias de sinalização e constantemente correm perigo em meio ao transito tumultuado das grandes cidades. Contudo, boas notícias sempre dão um frescor de esperança para quem acredita no desenvolvimento do nosso país. Modelos como este adotado em Florianópolis, já são usados há anos em quase todos os países da Europa, inclusive em trens, metrô, balsas e também nos ônibus, oferecendo opções de mobilidade alternativa e sustentável ao alcance de todos.

               

   O primeiro ônibus no Brasil com suportes para bicicletas já está em circulação. O veículo está operando na linha Canasvieiras/Trindade, na cidade de Florianópolis, e chama a atenção pela sua pintura especial, que faz menção à Copa 2014. Seu funcionamento é parecido com o dos veículos que carregam prancha de surf: o ciclista entra pela porta de trás e coloca a bicicleta em um dos três racks apropriados, depois vai até o cobrador e paga a passagem e não é cobrado taxa extra pelo transporte da bicicleta. O supervisor de operações da empresa Canasvieiras, Marcelo Santana, explica que o veículo vai funcionar em caráter experimental por, no máximo, 45 dias. “Avaliaremos o chassi, a carroceria e veremos o que a prefeitura exige no edital do transporte público, para ver se esse tipo de veículo pode circular” informa.

   Para o presidente da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis (ViaCiclo), Daniel de Araújo Costa, a iniciativa é boa, mas ainda longe do suficiente: “Já é um começo, mas ainda é muito pouco. Andei em ônibus que carregam bicicletas em outras cidades. É uma coisa interessante” avalia o ciclista. O ônibus é similar aos modelos Bus Rapid Transit (BRT) que já circulam na cidade. Tem capacidade para 150 pessoas e três bicicletas. Ele não terá escala fixa, já que funciona em caráter experimental. Segundo a empresa, o veículo funcionará nas linhas 233 (Canasvieiras-Trindade) e 221 (Canasvieiras-Mauro Ramos Paradora).

   A comunidade ciclística aplaude a iniciativa e espera por investimentos semelhantes em outras cidades do país. Difundir a idéia de que o transporte de bicicleta será em um futuro próximo a alternativa mais viável e sustentável é a missão de quem já utiliza e propaga o seu uso.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br

Laísa Mangelli