Catadores viram solução para lixo da Copa


Cooperativas são responsáveis por recolher toneladas de resíduos dentro e fora das arenas e dar um fim correto ao lixo gerado pelo evento

      

A quantidade de lixo gerado pela Copa do Mundo é grande. Mas uma parte dele, ao menos, está contribuindo para o trabalho de um bom número de pessoas. Catadores de materiais recicláveis são responsáveis por recolher parte do lixo que tem se acumulado ao redor das arenas e Fan Fests.

A ação é financiada pelo Ministério do Meio Ambiente e coordenada pelas prefeituras de seis cidades-sede do evento: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal e São Paulo. A intenção do projeto é contribuir para o trabalho de parcela importante da população, os catadores, e ainda incentivar o descarte correto dos resíduos. Somente nos primeiros 5 dias de copa, 5 toneladas foram recolhidas nas Fan Fests. Todo o material recolhido é destinado às cooperativas de reciclagem.

Karla Vieira Semcom Semulsp

Karla Vieira Semcom Semulsp

Os Catadores trabalham tanto nas Fan Fests como dentro das arenas.

Na cancha

Os catadores também agem dentro das arenas que recebem os jogos da Copa. Em março deste ano, 840 catadores começaram a ser capacitados para trabalhar nas arquibancadas e dependências dos estádios. A iniciativa foi promovida pela Coca-Cola, uma das patrocinadoras oficiais do evento.

Há até um “Placar da Reciclagem“, que calcula a quantidade de materiais recolhidos até o momento dentro das arenas. É possível visualizar os diferentes tipos de resíduos e filtrar a coleta por estádio. ate o momento, segundo o site, foram coletadas 184 toneladas de materiais recicláveis.

Peso

A atuação dos catadores na Copa é reflexo da importância que eles vêm adquirindo na gestão de resíduos do país. Em quase 50 cidades brasileiras, cooperativas de catadores já são responsáveis por fazer a coleta seletiva oficial de materiais recicláveis.

A mudança se acentuou após o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2011, que criou a possibilidade de prefeituras contratarem cooperativas para a gestão municipal do lixo.

O PNRS ainda determina que todos os lixões do país sejam fechados até agosto deste ano. A intenção é que eles sejam substituídos por aterros, que ficariam proibidos de receberem das prefeituras qualquer tipo de material reciclável. As prefeituras têm recorrido aos catadores, mas, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, mais de 2 mil lixões ainda funcionam no país.A mudança se acentuou após o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2011, que criou a possibilidade de prefeituras contratarem cooperativas para a gestão municipal do lixo.

Fonte: Catraca Livre

Desafio premiará projetos de impacto social que ouçam seus beneficiários


No setor privado, plataformas como Yelp, Amazon.com e Kickstarter dão cada vez mais poder aos consumidores. Estas ferramentas criam um processo contínuo de sugestão e resposta – um “ciclo de feedback” – que motiva empresas a ouvir seus clientes e a criar produtos novos e melhores.
 
Mas por que os ciclos de feedback não dão mais poder às pessoas em relação à forma como são governadas, como as doações são gastas e como os serviços sociais são prestados? Quando desenvolvemos um projeto de impacto social, existem muitas variáveis a serem consideradas. Você conhece ou desenvolve projetos que levam em consideração a opinião dos beneficiários? Que cria canais para ouvir aqueles que serão diretamente impactados? E essas opiniões são incorporadas na execução?
 
Pensando nisso, o Changemakers da Ashoka, em parceria com o Feedback Labs, lançou o desafio ‘Completar o Ciclo: Feedback para Resultados’, que pretende identificar e premiar projetos e organizações que desenvolvam metodologias, mecanismos, produtos e ações que ouçam os beneficiários dos projetos e, com isso, melhoram resultados em serviços sociais, filantropia e governança. Em resumo, buscamos projetos que procurem:
 
– Conectar governos, fundações, provedores de serviços e os grupos as quais eles servem;

– Colocar pessoas em posições de poder e de tomada de decisão quando se considera os problemas que as afetam diretamente;

– Identificar possíveis barreiras na coleta de feedback, de forma que os dados sejam representativos e inspirem resultados reais; 

– Desenvolver a habilidade (e a vontade) dos governos e de outras instituições de responder a feedbacks; 

– Ajudar pessoas e especialistas a terem conversas autênticas sobre o que funciona melhor e o que deve ser melhorado.
 
O projeto vencedor será contemplado com um financiamento de US$10.000. Além disso, todos os inscritos poderão receber comentários e sugestões de especialistas e dos demais integrantes da rede do Changemakers, através do nosso processo de Revisão por Pares.
 
As inscrições podem ser feitas através do site http://www.changemakers.com/pt-br/completarociclo até as 20 horas do dia 15 de janeiro. Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com icarvalho@ashoka.org

 

Fonte: Cidades Sustentáveis