Garoto de 11 anos desenvolve saco de contenção contra enchentes


Com apenas 11 anos, Peyton Robertson decidiu criar uma solução para amenizar os danos causados pelas enchentes. O menino norte-americano desenvolveu sacos que podem ser usados para criar uma barricada e conter a água.

A principal diferença de seu invento em relação às tradicionais formas de contenção é que o produto é leve, produzido com sal e um polímero que expande quando molhado. Os sacos são, também, mais impermeáveis e permitem mais agilidade na hora de evitar desastres.

O menino mora na Flórida, estado que apresenta altos índices de furacões e tempestades. Sua invenção é uma alternativa para que qualquer pessoa possa proteger sua residência em casos de chuva forte, uma vez que o saco tem um peso inferior aos de areia mais utilizados nesse caso.

O sistema de contenção consiste em amontoar os sacos e molhá-los, isso faz com que os polímeros de expandam e solidifiquem. Dessa forma, eles formam uma barreira contra a invasão da água da chuva.

 A invenção rendeu a Robertson o prêmio do Desafio Jovem Cientista e uma viagem para a Costa Rica. Com informações do Pequenas Empresas Grandes Negócios

Fonte: CicloVivo 

Asfalto poroso absorve água e reduz riscos de enchentes


   Pavimentos porosos desenvolvidos pela Escola Politécnica (Poli) da USP são capazes de absorver com facilidade e rapidez a água da chuva e podem ajudar a reduzir os impactos das enchentes. Segundo o professor e coordenador da pesquisa José Rodolfo Scarati Martins, “os pavimentos funcionam como se fossem areia da praia e permitem que as águas cheguem aos rios e córregos com a metade da velocidade”.

   Um experimento da pesquisa contendo os dois tipos de pavimento – um feito com placas de concreto e outro com asfalto comum misturado a aditivos – foi desenvolvido em um dos estacionamentos da Poli e conseguiu reter praticamente 100% das águas das chuvas dos meses de janeiro e fevereiro deste ano. O diferencial dos pavimentos porosos desenvolvidos pela Poli em relação aos já existentes deve-se ao fato de possuir uma base de pedras de 35 centímetros, a qual é responsável por reter a água por algumas horas e diminuir a probabilidade de enchentes no local.

   “A impermeabilidade do asfalto comum é uma das grandes vilãs do meio ambiente urbano, pois não permite que a água seja absorvida pela terra e ajuda a causar as enchentes. Os pavimentos que desenvolvemos são diferentes, pois são capazes de devolver parte da permeabilidade ao solo e consegue absorver a água com muita rapidez”, explica Martins.

                    

         O asfalto poroso (esquerda) e o concreto poroso (direita) conseguem reter quase 100% das águas

   A diferença entre os dois tipos de pavimentos está na superfície – um é feito com concreto e outro com asfalto comum. “Mesmo com pequenas diferenças entre eles, ambos retém porcentagem grande de água se comparados ao asfalto convencional e funcionam de maneira muito eficaz”, salienta o pesquisador.

   Um dos pavimentos porosos desenvolvido na Poli é uma mistura entre o concreto asfáltico comum e vários aditivos que permitem que sejam mantidos espaços, como poros, na superfície. Dessa maneira, a água proveniente das chuvas é absorvida por esses poros e acabam sendo retidas, por algumas horas, entre as pedras que constituem a base.

   Como parte do experimento, há ao lado do estacionamento feito com o asfalto poroso um espaço, como se fosse uma caixa d’água, que recebe toda a água retida na base de pedras. “Toda a água absorvida pelo asfalto tem como destino esse local. Com isso, podemos monitorar desde a quantidade de chuva até a capacidade de retenção do pavimento”, explica.

   Segundo Martins, o pavimento poroso custa 20% a mais do que o asfalto convencional , mas com sua implantação em larga escala esse preço diminuiria. “O valor que temos relaciona-se ao experimento. Quando pensamos no uso do asfalto poroso em cidades grandes como São Paulo o custo cai muito, pois seria produzido em quantidade muito maior e, consequentemente, baratearia a produção e a manutenção”, diz.

Confira um vídeo sobre o projeto:

Projetos futuros
   Desenvolvida com o apoio da USP e da Prefeitura Municipal de São Paulo, a pesquisa teve início em 2006 e pretende ampliar o experimento para fora do campus. “Hoje sabemos que o pavimento funciona muito bem em estacionamentos e já poderia ser implantado em shoppings e locais semelhantes. Futuramente, pretendemos fazer o mesmo tipo de experimento em ruas de tráfego leve em áreas residenciais para observarmos se o asfalto poroso funcionará da mesma forma”, diz o pesquisador.

   Além disso, o grupo de pesquisa coordenado pelo professor pretende avaliar o tempo de desgaste do asfalto e a qualidade da água retida na base de pedras do pavimento. “É importante sabermos como é essa água, se ela contém algum contaminante e se pode ser infiltrada no terreno. Caso não haja nenhum aspecto negativo em relação aos contaminantes, é possível que, além de ajudar a cidade a combater as enchentes, possamos reutilizar a água da chuva para limpeza de vias públicas, por exemplo”, enfatiza Martins.

Fotos: Marcos Santos

Fonte: Agência USP de notícias

População do Bangladesh aproveita enchentes pra criar agronegócio


O ser humano tem uma capacidade de adaptação inimaginável,  e essa capacidade aumenta exponencialmente quando estamos diante de alguma dificuldade ou situação adversa. A grande quantidade de chuva que assolou Bangladesh em 2012 deixou dezenas de mortos e milhares de pessoas ilhadas, mas, diante de tal situação desoladora, a população está desenvolvendo uma nova forma de plantio de arroz na água combinado ao cultivo de peixes e camarões, tudo junto.

O método pode ser usado em zonas inundadas com água salgada e tem o potencial para aumentar significativamente o rendimento das culturas e variedade nutricional por hectare, tendo assim menos impacto no meio-ambiente, uma vez que o espaço utilizado é o mesmo para as duas atividades. Os peixes também atuam como um sistema de manejo de pragas, comendo insetos que causam danos às culturas , por sua vez, reduzindo a necessidade de pesticidas.

Num país onde 27% da população é subnutrida, iniciativas como essa são louváveis e necessárias, mas o método ainda não foi amplamente adotado. Quem o afirma é Nesar Ahmed, co-autor do relatório e pesquisador na gestão das pescas na Universidade Agrícola de Bangladesh. Mas Ahmed é otimista: “Bangladesh poderia se tornar um país de alimentos seguros e sem pobreza. Dentro de uma década, podemos acelerar o crescimento econômico e produção de alimentos através de uma revolução azul-verde”.  Nós acreditamos que sim, veja algumas fotos do cultivo:

Fonte: Hypeness

 

A casa inovadora e sustentável


Sempre existem milhares de soluções para um único problema, basta olhá-lo por outros ângulos e analisá-lo sob um ponto de vista prático, que é o caso desse projeto. Trata-se da LIFT House: (Low Income Flood-proof Technology ou, em tradução livre: Tecnologia à prova de Inundações de Baixo Custo)  uma solução inovadora para a habitação sustentável para comunidades de baixa renda em áreas sujeitas à inundações.

A casa foi feita para flutuar de acordo com a elevação do nível da água, e recuar ao nível do solo quando o nível baixar posteriormente, ou seja, em vez de restringir a passagem de água, a estrutura anfíbia trabalha com a natureza para conseguir proteção contra enchentes.

O projeto foi pensado e construído por Prithula ProSun, como resultado de sua tese de mestrado da Universidade de Waterloo, do Canadá, para auxiliar famílias de baixa renda que vivem em casas improvisadas na cidade de Dhaka em Bangladesh, que sofrem (e alguns perdem a vida) durante graves inundações por conta do transbordamento de rios, drenagem inadequada e chuva de monção.

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A casa flutua por conta de duas técnicas: uma fundação de ferro-cimento oca e uma fundação com armação de bambu cheio de garrafas pets usadas, garantindo estabilidade na estrutura da casa que permanece estática no eixo vertical. Além disso, essas duas fundações são responsáveis por captar e filtrar a água da chuva durante o período chuvoso, que é armazenada e pode ser usada o ano todo. O material escolhido para a construção foi o bambu, que além de barato é abundante e de fácil reposição.

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A casa foi projetada para ser autosuficiente, sem conexões com o sistema de abastecimento da cidade, que muitas vezes no entorno que essa população vive é muito precário. A LIFT possui também dois painéis solares de 60W que abastecem a casa para usar iluminação e ventiladores. O banheiro de compostagem compartilhada permite aos moradores criarem adubo a partir dos resíduos humanos que podem ser vendidos ou aplicados na horta após 10 anos de uso, a urina vai para o jardim através de uma tubulação no subsolo e funciona como fonte de nutrientes.

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O projeto piloto foi testado com sucesso em 2010 e agora é o lar de uma família com cinco pessoas. Ele se concretizou devido a uma bolsa de pesquisa do Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDRC).

 

Fonte: Hypeness