Professora de SP insere projeto de educação ambiental e ganha repercussão no Egito


Com luvas, jalecos e sacolas plásticas, os alunos da E.E. Ilza Irma Moeller Cóppio caminham em direção ao rio Paraíba, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. A temperatura quente não intimida os estudantes que recolhem todo lixo que encontram e conversam sobre a importância de preservar o meio ambiente.

“Não fazemos isso só para a gente, é para as gerações futuras”, diz a aluna de 16 anos, Natália Silva. “O mundo de amanhã será o mundo dos nossos filhos. Precisamos ter essa consciência”, completa a estudante Daniele Santos.

A atividade, desenvolvida semanalmente, faz parte da disciplina eletiva que o modelo de escola de tempo integral proporciona. Com o projeto Água Educa, criado pela professora de Geografia Rosa Sousa, são discutdos, na parte teórica, o ciclo hidrológico e a influência do homem sobre o meio ambiente.

“Na etapa prática, monitoramos a água do rio verificando o PH, turbidez e nível de oxigênio. Também preservamos a mata plantando árvores e trabalhamos a questão da gestão do lixo, recolhendo os resíduos que encontramos pelo caminho”, conta a professora Rosa.

O projeto deu tão certo que a escola foi convidada para realizar um workshop sobre a ação no Egito, na conferência Let’s Take Care Of The Planet. “A iniciativa sensibilizou os jovens e a comunidade. Hoje, vejo que é possível fazer a diferença, pois já podemos ver o retorno da nossa ação no comportamento dos jovens e da comunidade”, finaliza a professora.

O vídeo abaixo mostra o grupo em ação:

 

As informações são da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Fonte: Ciclo Vivo

Audiência debate impacto ambiental de projeto sobre eclusas


A comissão especial de transposição hidroviária de níveis realiza nesta tarde audiência pública para discutir os impactos ambientais relacionados ao Projeto de Lei 5335/09, que caracteriza como serviço público a operação de eclusas e outros dispositivos de transposição de níveis em hidrovias.

O projeto exige, entre outros pontos, que a construção de barragens para geração de energia elétrica ocorra simultaneamente à implementação de eclusas, que funcionam como "elevadores" usados por embarcações para vencer desníveis no leito dos rios.

A audiência foi sugerida pelo deputado Márcio Macêdo (PT-SE). Para ele, é preciso levar em conta os impactos ambientais na discussão sobre o aperfeiçoamento do transporte hidroviário e da geração de energia hidrelétrica.

Convidados
Foram convidados a debater o tema o diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), Thomaz Toledo; e o professor de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Sidney Lázaro Martins. O professor falará sobre sistemas de transposição de peixes (sistemas para atenuar os efeitos negativos de barragens sobre os peixes migradores ou de piracema).

A audiência está marcada para as 14h30, no plenário 7.

           

        

 

Íntegra da proposta:

Fonte: 'Agência Câmara Notícias'

Projeto obriga empresas a providenciar descarte adequado de medicamentos


A Câmara analisa o Projeto de Lei 6160/13, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que obriga fabricantes, importadoras, distribuidoras e lojas de medicamentos para uso humano ou animal a providenciar o descarte dos produtos e das suas embalagens.

                          

O projeto altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) para obrigar o setor de medicamentos a aderir à chamada logística reversa, em que as empresas compartilham a responsabilidade pelo descarte dos produtos, que podem ser reciclados ou tratados da maneira que cause menor impacto ambiental. Para tanto, as empresas podem criar postos de coleta para os produtos ou embalagens e rotinas de reciclagem.

 

Major Fábio argumenta que hoje não há controle sobre os medicamentos jogados fora e as substâncias podem contaminar o solo e a água de aterros sanitários. Ele ressalta que a legislação já regula o descarte de agrotóxico, mas deixou os medicamentos de fora. “Se já há previsão da coleta e destinação especial para agrotóxicos, não se explica que a mesma sistemática não seja adotada para medicamentos”, disse.

 

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Íntegra da proposta:

 

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Daniella Cronemberger

 

Fonte: Agência Câmara Notícias

Como garantir os resultados da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia


 

Como garantir que ocorram e permaneçam os resultados da ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia? A etiquetagem dos edifícios comerciais e públicos – uma parceria Inmetro e Procel – é um passo fundamental para a introdução da obrigatoriedade da eficiência energética nas novas construções e na reforma (“retrofit”) das existentes.

 

Quando, em seu artigo “Por que etiquetar um edifício?”, publicado em 15 de setembro no Ambiente Energia, a arquiteta Mônica Welter (1) alerta para o fato de que “a visão de ganhos no curto prazo deve dar lugar a um apreço maior pela qualidade e eficiência dos produtos em questão: os edifícios”, ela traz para o debate a necessidade de que os cuidados no projeto e na construção ou reforma do edifício devem proporcionar ganhos duráveis, que se mantenham durante a sua vida útil e que se manifestem na redução dos custos de operação.

 

Sabendo-se que “não se pode gerenciar o que não se pode medir”,  a Gestão da Energia tem de ser iniciada com o registro das edições da demanda elétrica e dos consumos de eletricidade e de água quando da ocupação do edifício – Medição e Verificação (M&V) dos resultados – e continuada com a metodologia de Determinação das Metas e de Monitoramento das Medições.

 

Com estas duas atividades, há garantia de que os resultados das Ações de Eficiência Energética – AEEs – nele aplicadas, permaneçam ao longo da vida útil desse edifício.

 

Para a M&V, deve ser adotado o PIMVP – Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (www.evo-world.org):

 

• para edifícios novos, quando não há histórico de consumo será necessária uma Simulação, como descrito no IPMVP Volume III,
Part 1 New Construction e;

 

• para edifícios reformados, quando há todo o histórico de consumo anterior à reforma, usar o PIMVP Volume 1, 2012 (Br) – versão brasileira.

 

Para a obtenção da ENCE para uma nova construção, o projetista deverá obedecer a um conjunto de exigências de soluções eficientes na elaboração do projeto. Para caracterizar que o edifício construído tenha um desempenho energético compatível com o previsto, este desempenho deverá ser simulado com o auxílio de programas de simulação e os valores das demandas e consumos mensais serão medidos mensalmente e comparados com os valores simulados, após a inspeção visual.

 

Para a obtenção da ENCE em caso de uma reforma, o procedimento do projetista é o mesmo, mas para caracterizar que o edifício reformado tenha um desempenho energético compatível com o previsto, este desempenho deverá ser medido mensalmente e as demandas e consumos registrados serão comparados com aqueles que ocorreriam na ausência das AEEs executadas. A representação deste procedimento é visto na Fig.2 – Exemplo de Histórico de Energia – PIMVP -2012 versão brasileira, pag.8, após a inspeção visual.

 

Em ambas as situações, a metodologia de “Determinação das Metas e de Monitoramento das Medições” mais utilizada é a das “Somas Acumuladas”. As diferenças entre os valores simulados e os medidos (para cada grandeza) são somadas e processos de análises de regressão linear permitirão que metas sejam definidas e os desempenhos acompanhados.

 

Artigo de Fernando Milanez, diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE)

 

Foto: Reprodução

Fonte: Ambiente Energia