Na França, quem for de bicicleta para o trabalho ganhará remuneração


 

 Atualmente, cerca de 2,5% dos franceses preferem a bicicleta para ir e voltar ao trabalho, mas o governo pretende que esse número aumente em pelo menos 50% nos próximos meses. É que um programa vai pagar as pessoas que utilizarem a bike com essa finalidade.

O programa conta com adesão de 20 empresas de grande porte, totalizando mais de 10 mil funcionários. Todos que se comprometerem a ir e voltar de bicicleta, vão ganhar 25 centavos de euro por quilômetro percorrido. No país europeu, a distância média dessa viagem é de três quilômetros e meio.

Já existem, na Europa, iniciativas parecidas com essa em outros países. Alguns oferecem redução de imposto, outros dão apoio financeiro para compra da bicicleta, e outros adotam o mesmo sistema de pagamento por quilômetro percorrido.
Entre eles estão Dinamarca, Alemanha, Bélgica, e a Holanda, país plano que tem um dos maiores índices de ciclistas: Em torno de 25% das pessoas que vão de casa para o trabalho fazem isso de bike.

Além da remuneração financeira, os trabalhadores-ciclistas contribuem com o meio ambiente, ao deixarem de emitir gases poluentes, além de não congestionarem o trânsito e ainda praticarem uma atividade física saudável.
Será que teremos iniciativa semelhante aqui no Brasil, um dia?

Fonte: ecodesenvolvimento.org

Dia Mundial da Alimentação: do campo para a sala de aula


Esta semana está marcada pelo Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro. A ativista Esther Vivas faz uma reflexão importante para a ocasião.

 

                                           

“Menino, de onde vem o leite?”, lhe perguntam. “Da Tetra Pak”, responde. Quantas vezes você já ouviu esta piada? A distância entre o campo e o prato, entre a produção e o consumo, apenas aumentou nos últimos anos. E os mais novos, com frequência, nunca puseram os pés em uma horta, viram uma galinha ou se aproximaram de uma vaca. Alimentar-se não se trata de apenas ingerir alimentos, mas também saber de onde eles vêm, o que nos fornecem, como foram feitos. A educação também envolve ensinar a comer e comer bem. E isso é precisamente o que fazem as cantinas escolares ecológicas, que recentemente começaram a aparecer por aqui.

O interesse em comer direito, bem e com justiça chega, aos poucos, às mesas das escolas. Refeições que buscam mais que a ingestão calórica necessária, uma alimentação orgânica e de proximidade. Se trata de aproveitar espaços que permitam, como nenhum outro, a interação entre estudantes, educadores, cozinheiros e, em um segundo nível, com famílias, professores e agricultores, para recuperar não só o saber e o sabor dos alimentos, mas também, aprender e valorizar o trabalho que está por trás da produção, na agricultura, e por trás do fogão, na cozinha.

As cantinas escolares ecológicas têm uma vertente educativa e nutricional, ao defender a economia social e solidária e o território. Alimentos orgânicos, sim, mas de proximidade. Uma aposta imprescindível em um contexto de crise que, por um lado, dá uma saída econômica à pequena agricultura, que tenta viver dignamente no campo, incentivando alguns canais de comercialização alternativos e uma venda direta e, por outro, oferecendo uma alimentação saudável e ecológica para os menores, em um contexto em que aumenta a pobreza e a subnutrição.

Na Catalunha, 40% das crianças fazem a principal refeição do dia, o almoço, nos centros educativos. Incorporar esses valores às cantinas escolares deveria ser uma prioridade, e os custos econômicos não podem ser o argumento para não fazê-lo. Integrar a cozinha aos refeitórios dos centros permite um maior controle sobre a alimentação dos pequenos, e se compramos alimentos de proximidade, sazonais e diretamente com o agricultor, podemos reduzir custos. Do campo, passando pelas cozinhas das escolas e até o prato dos alunos, transparência, qualidade e justiça, esse é o desafio. E a administração pública deveria estar comprometida com esta finalidade. Investir em uma boa alimentação na sala de aula é investir no futuro.

Cantinas escolares que levam os princípios da soberania alimentar para as escolas, e não só na teoria, mas, o que é mais importante, na prática. Soberania alimentar, que nos permite recuperar a capacidade de decidir sobre o que comemos, que aposta na agricultura camponesa, local e agroecológica e que devolve aos agricultores e consumidores, e neste caso às crianças, o controle e o conhecimento sobre sua alimentação.

Esther Vivas
do blog esthervivas.com
Traduzido por Natasha Ísis, do Canal Ibase

Foto: Reprodução/Internet

Fonte: Canal Ibase.

Energia renovável emprega milhões no mundo


Energia Renovável Emprega 7,7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo novo relatório IRENA 
 

O emprego na indústria de energia renovável aumentou em mais de um milhão de empregos no último ano

Nova York, EUA, 19 de maio de 2015  – Mais de 7,7 milhões de pessoas no mundo estão agora empregados pela indústria de energia renovável, de acordo com um novo relatório divulgado hoje pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Isto representa um aumento de 18 por cento a partir da figura de 6,5 milhões do ano passado. O relatório, Energia Renovável e Jobs – Revisão Anual 2015, também fornece um first-ever estimativa global do número de postos de trabalho apoiados por grandes hidrelétricas, com uma estimativa conservadora de um 1,5 milhão de empregos diretos adicionais em todo o mundo.

"A energia renovável continua a afirmar-se como um grande empregador global, gerando fortes benefícios econômicos e sociais em todo o mundo", disse IRENA Director-Geral Adnan Amin Z.. "Esse aumento está sendo impulsionada, em parte, pelo declínio dos custos de tecnologia de energia renovável, o que cria mais postos de trabalho na instalação, operação e manutenção. Esperamos que esta tendência de alta continue como o caso de negócio para as energias renováveis ​​continua a fortalecer ".

Como nos anos anteriores, o emprego de energia renovável é moldada por mudanças regionais, realinhamentos da indústria, a crescente concorrência e os avanços nas tecnologias e processos de fabricação. Empregos no setor de energia renovável estão cada vez mais sendo criado na Ásia, com cinco dos 10 países com os trabalhos de energia mais renováveis ​​agora localizadas na região (China, Índia, Indonésia, Japão e Bangladesh). Como resultado, mesmo com trabalhos de continuação do crescimento, a União Europeia e os Estados Unidos agora representam 25 por cento dos empregos globais de energia renováveis, em comparação com 31 por cento em 2012.

Os 10 países com os maiores números de emprego de energias renováveis ​​são a China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha, Indonésia, Japão, França, Bangladesh e Colômbia. A indústria solar PV é o maior empregador de energia renovável em todo o mundo, com 2,5 milhões de empregos, seguido de biocombustíveis líquidos, com 1,8 milhões de empregos e de energia eólica, que ultrapassou um milhão de postos de trabalho pela primeira vez este ano. O aumento do emprego se espalha por todo o espectro de energia renovável com energia solar, eólica, biocombustíveis, biomassa, biogás e de pequenas centrais hidroeléctricas todos os aumentos vendo no emprego.

"Se continuarmos a investir nas energias renováveis ​​e os seus múltiplos benefícios económicos, ambientais e sociais, emprego em energias renováveis ​​vai continuar a subir", disse Amin. "A pesquisa de IRENA estima que duplicar a quota das energias renováveis ​​no cabaz energético global até 2030, resultaria em mais de 16 milhões de empregos em todo o mundo."

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Fonte: IRENA