Alunos do Movimento EcoDom realizam vestibular da Dom Helder e EMGE


Foto: Patrícia Almada

Após um ano recheado de tarefas e atividades, estamos chegando à reta final do Movimento EcoDom 2019. Dos dias 23 a 26 de outubro, os alunos das escolas parceiras do projeto puderam realizar as provas de vestibular para os cursos de Direito e Direito Integral, oferecidos pela Dom Helder Escola de Direito e Engenharia Civil e Ciência da Computação, ministrados pela Escola de Engenharia de Minas Gerais (EMGE).

Algumas novidades marcaram esta edição: as escolas parceiras tiveram um prazo para realização do vestibular da EMGE na própria instituição para evitar deslocamento. Além disso, as inscrições eram gratuitas e puderam ser feitas durante a final do Campeonato Estadual de Matemática (CEM), no dia 5 de outubro, e do Tribunal Internacional Estudantil (TRI-e), neste sábado (26).

As escolas que optaram por realizar o vestibular na própria instituição, fizeram as provas durante a manhã dos dias 23, 24 e 25. Já os alunos que realizaram as provas na sede da Dom Helder e EMGE, fizeram a partir das 14h, no dia 26.

A estudante Vitória Viana, que cursa o 3º ano na Escola Estadual Castelo Branco, parceira do EcoDom, prestou o vestibular para Engenharia Civil na própria escola e compareceu neste sábado (26) para disputar uma das vagas do curso de Direito da Dom Helder. E se for aprovada em ambos? “Vou para a EMGE, cursar Engenharia Civil”, afirmou Vitória sem hesitar. A estudante, que adora matemática, tem grande interesse e curiosidade port construções. “Fico olhando e pensando: como estes prédios enormes permanecem em pé? Fora isso, me apaixonei pela EMGE, desde a primeira vez que estive aqui. Acredito que a faculdade irá me impulsionar. O ensino é muito bom, assim como a nota no Ministério da Educação (MEC)”, contou.

Quem também se candidatou para ambas instituições é o estudante Gabriel Araújo, da Escola Estadual Caio Nelson de Senna. Só que, ao contrário de Vitória, ele optará pelo Direito Integral da Dom Helder, caso ocorra a dupla aprovação. “Participo do EcoDom, enviamos representantes para o festival de dança, para o CEM. Fiquei sabendo do conceito máximo obtido no Enade, o que me deixa ainda mais motivado”, afirmou Gabriel Araújo.

Centro Socioeducativo de Belo Horizonte

Pela primeira vez, a Escola Estadual Jovem Protagonista, membro do complexo socioeducativo de Belo Horizonte e parceira do Movimento EcoDom, realizou um processo seletivo de uma instituição particular dentro da escola. Na última sexta-feira (25), cerca de 20 alunos, de quatro unidades do complexo, realizaram o vestibular da EMGE. No sábado (26), dois alunos também tiveram liberação para fazer as provas para os cursos de Direito e Direito Integral na sede da Dom Helder.

A professora nucleadora do EcoDom na escola, Michelle Piancastelli Richard, declarou, muito emocionada, sobre a oportunidade oferecida pela Dom Helder e EMGE. “Fiquei muito feliz com os meninos realizando o vestibular. É impossível descrever a felicidade deles com essa oportunidade. Não tinha imaginado que seria tão produtivo e proveitoso para eles”. A professora agradece os coordenadores pela chance e diz que pretende ampliar a parceria com o Movimento EcoDom. “Ano que vem esperamos incluir todos os nossos alunos do ensino médio para abrirmos novas portas e dar a eles novas perspectivas”.

Provas e bolsas

O processo seletivo da Dom Helder constou de uma redação e de questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa e Literatura. Para o Direito Integral, foram aplicadas também questões de História, Matemática, Geografia e Língua Estrangeira. Os candidatos da EMGE, por sua vez, realizaram prova de redação e questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa, Matemática, Física e Química.

Os alunos das equipes EcoDom e das escolas parceiras do movimento poderão concorrer a bolsas de estudo de até 100% nos cursos da Dom Helder e EMGE (confira o edital abaixo). Além disso, os alunos que participaram do CEM também podem concorrer às bolsas de estudos disponibilizadas pela EMGE, nos cursos de Engenharia Civil e Ciência da Computação (confira o edital abaixo).

Para a professora Anacélia Santos Rocha, pró-reitora de Ensino da Dom Helder e da EMGE, o Vestibular 2020/1º superou todas as expectativas. “Foi muito bonito ver os candidatos chegando, alguns ansiosos, mesmo que tenham se preparado, outros bastante animados. A escola colocou toda a sua estrutura para acolher os estudantes e também seus pais e acompanhantes. Muitos optaram por esperar os candidatos, e puderam assistir documentários e filmes no auditório, havia cadeiras, água e cafezinho no hall de entrada. Foi um ótimo vestibular, desejamos sucesso a todos”, afirmou Anacélia, que integra a comissão organizadora do processo seletivo.

O coordenador-geral do Movimento EcoDom, Francisco Haas, comemorou a grande adesão dos alunos ao processo seletivo. “O vestibular da Dom Helder e EMGE foi sucesso!  Quase todas as escolas parceiras do movimento aderiram. Desejo muita sorte a todos, e que no ano que vem, possamos fazer um trabalho ainda maior junto ao EcoDom”, diz.

Resultado e matrícula

O resultado do Vestibular 2020/1º será divulgado dia 30 de outubro de 2019, a partir das 14h, nas páginas da Dom Helder e EMGE. A matrícula dos classificados deverá ser feita nos dias 1º e 4 de novembro, conforme os horários estabelecidos nos editais. Confira mais informações nas páginas da Dom Helder e da EMGE:

Vestibular 2020/1º – Dom Helder

Vestibular 2020/1º – EMGE

Bárbara Teixeira e Patrícia Azevedo

Pontes vivas reduzem emissões de carbono e protegem animais


 

 

Travessias verdes sobre rodovias em áreas florestais são apostas de construções sustentáveis.

Travessias verdes sobre rodovias em áreas florestais são apostas de construções sustentáveis.

Erguidas sobre as rodovias que atravessam florestas e reservas naturais, as pontes vivas são passagens verdes que permitem que os animais circulem com segurança em seus habitats, além de cumprirem o fundamental papel de reduzir as emissões de carbono originadas dos automóveis, caminhões e dos centros urbanos de onde partem as estradas. 

Também chamadas de ecodutos, estas estruturas foram primeiramente construídas em países europeus, a exemplo da Holanda e da Alemanha, que possuem rodovias cruzando áreas verdes que servem de moradia para diversos animais – como linces, raposas, veados e outros mamíferos de grande porte. As pontes vivas também foram erguidas em outras partes do mundo, como na América do Norte e na Austrália, mas, infelizmente, ainda não existe este tipo de construção no território brasileiro.


Foto: Zwarts & Jamsa Architects/Divulgação

Um dos exemplos mais bem sucedidos a aderirem a este tipo de construção é o Parque Nacional Banff, no Canadá, com um total de 41 ecodutos, locais em que circulam mais de dez variedades de espécies diferentes de grandes mamíferos acima da TransCanada, movimentada rodovia do país norte-americano.

As pontes verdes não só trazem ganhos para o meio ambiente, como também para quem circula sob elas, uma vez que, quanto maior a presença de vegetais na paisagem, menor o estresse dos usuários, que passam a estabelecer maior contato com a natureza – logo, não é exagero dizer que estas estruturas reduzem direta e indiretamente os acidentes de trânsito.


Foto: bean MOST/Flickr

Para concretizar a alternativa sustentável, os arquitetos e engenheiros sempre precisam observar as camadas de pedra da base da estrutura, respeitar as características do solo, o clima e a vegetação do local. A via de travessia precisa ser coberta por diversas espécies de plantas da flora nativa, a fim de evitar desequilíbrios ambientais de todos os níveis.

Fonte: CicloVivo