Hamburgo quer deixar de depender dos carros em 20 anos


A segunda maior cidade da Alemanha ganhará uma "Rede Verde", cobrindo 40% de sua área, para pedestres e ciclistas

Getty Images

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Objetivo é diminuir as emissões de CO2 e melhorar a saúde e a qualidade de vida da população

Imagine uma cidade grande em que é possível se locomover a qualquer lugar a pé ou de bicicleta, sem dividir seu caminho com nenhum carro. Hamburgo, segundo maior município alemão, está trabalhando em um plano que tornará isso possível dentro de 15 a 20 anos.

O projeto é construir uma “Rede Verde”, que conecta todos os parques e jardins de Hamburgo, onde não possam circular veículos motorizados. Este caminho cobrirá 40% da cidade e permitirá acesso a sua totalidade.

Um dos objetivos é diminuir as emissões de CO2, visto que Hamburgo teve aumento de 9ºC em sua temperatura média nos últimos 60 anos, e o nível do mar aumentou 20 centímetros. Além disso, a saúde da população também será beneficiada.

“Serão oferecidas oportunidades para fazer caminhadas, nadar, praticar esportes aquáticos, aproveitar piqueniques e restaurantes, e observar a natureza e a vida selvagem bem no meio da cidade. Isso reduz a necessidade de pegar o carro para sair da cidade no fim de semana”, afirma Angelika Fritsch, porta-voz de Hamburgo.

Via Inhabitat.

Fonte: Catraca Livre

São Paulo ganha mais uma Praça da Reinvenção


A praça, que conta com equipamentos para crianças e ciclistas, foi revitalizada para atender os moradores do bairro da Aclimação

  

 

Os moradores do bairro da Aclimação começaram 2014 com um grande presente: a Praça da Reinvenção. Localizado a menos de 800 m do principal parque do bairro, na Rua Topázio, o espaço é dirigido a ciclistas, crianças e amantes da natureza. 

Idealizado e adotado pela iniciativa privada, a Praça da Reinvenção já é a segunda em funcionamento na cidade, e busca resgatar antigos hábitos de moradores, de se reunirem em espaços de lazer, para que aproveitem a infraestrutura que o local dispõe. 

 Para isso, a Praça da Reinvenção – a Aclimação ganhou uma nova fachada com iluminação reforçada, brinquedos revitalizados, novos assentos para descanso e paraciclos (estacionamento para bicicletas). “É por meio dessas intervenções urbanas que queremos incentivar as pessoas a deixarem os carros nas garagens e aproveitarem parques próximos a suas residências”, explica Alexandre Frankel, idealizador da Praça da Reinvenção/Bike Point e CEO da Vitacon Incorporadora.

 A primeira Praça da Reinvenção fica no cruzamento da Avenida Hélio Pellegrino e da Rua Nova Cidade, e já conquistou quem mora e circula na região.

O objetivo é que neste ano, outras Praças da Reinvenção sejam instaladas em mais regiões de São Paulo, além de formalizar com a prefeitura a implementação de parklets – zonas verdes que substituem duas vagas para carros– em pontos estratégicos da cidade.

 Parklet

Os Parklets – zonas verdes abertas ao público desmotorizado que substituem duas vagas para carros -, estiveram em São Paulo em dois momentos em 2013: durante o Design Week e Bienal da Arquitetura. A iniciativa foi tão aceita pelo público que, mais de mil pessoas já fizeram um abaixo-assinado para tornar este projeto fixo na cidade.

Originário da cidade americana de São Francisco, os parklets já fazem parte do dia a dia das pessoas. Tanto que, antes, era realizado apenas por iniciativas privadas (a legislação permite que qualquer pessoa alugue os espaços para carros e as use como bem entender, desde que não afete as estruturas urbanas) agora tem a participação da Prefeitura.

O objetivo é que em 2014, cerca de 40 parklets sejam instaurados em São Paulo. A única questão é que existe a necessidade da Prefeitura de São Paulo aprovar este tipo de intervenção urbana, eliminando faixas de estacionamento para carros na zona azul.  

Fonte: Revista Mundo Eco

Ônibus com suportes para bicicletas vai funcionar em Florianópolis


Os ônibus funcionarão em caráter experimental, por 45 dias.

   Para quem usa a bike como meio de transporte diariamente sabe das dificuldades que encontramos no caminho. Além da falta de ciclovias, os ciclistas enfrentam condições precárias de sinalização e constantemente correm perigo em meio ao transito tumultuado das grandes cidades. Contudo, boas notícias sempre dão um frescor de esperança para quem acredita no desenvolvimento do nosso país. Modelos como este adotado em Florianópolis, já são usados há anos em quase todos os países da Europa, inclusive em trens, metrô, balsas e também nos ônibus, oferecendo opções de mobilidade alternativa e sustentável ao alcance de todos.

               

   O primeiro ônibus no Brasil com suportes para bicicletas já está em circulação. O veículo está operando na linha Canasvieiras/Trindade, na cidade de Florianópolis, e chama a atenção pela sua pintura especial, que faz menção à Copa 2014. Seu funcionamento é parecido com o dos veículos que carregam prancha de surf: o ciclista entra pela porta de trás e coloca a bicicleta em um dos três racks apropriados, depois vai até o cobrador e paga a passagem e não é cobrado taxa extra pelo transporte da bicicleta. O supervisor de operações da empresa Canasvieiras, Marcelo Santana, explica que o veículo vai funcionar em caráter experimental por, no máximo, 45 dias. “Avaliaremos o chassi, a carroceria e veremos o que a prefeitura exige no edital do transporte público, para ver se esse tipo de veículo pode circular” informa.

   Para o presidente da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis (ViaCiclo), Daniel de Araújo Costa, a iniciativa é boa, mas ainda longe do suficiente: “Já é um começo, mas ainda é muito pouco. Andei em ônibus que carregam bicicletas em outras cidades. É uma coisa interessante” avalia o ciclista. O ônibus é similar aos modelos Bus Rapid Transit (BRT) que já circulam na cidade. Tem capacidade para 150 pessoas e três bicicletas. Ele não terá escala fixa, já que funciona em caráter experimental. Segundo a empresa, o veículo funcionará nas linhas 233 (Canasvieiras-Trindade) e 221 (Canasvieiras-Mauro Ramos Paradora).

   A comunidade ciclística aplaude a iniciativa e espera por investimentos semelhantes em outras cidades do país. Difundir a idéia de que o transporte de bicicleta será em um futuro próximo a alternativa mais viável e sustentável é a missão de quem já utiliza e propaga o seu uso.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br

Laísa Mangelli