SUSTENTAR 2014 – Fórum Internacional pelo Desenvolvimento Sustentável


                            

As cidades, há uns anos, tem sico o foco para percebermos o que é sustentabilidade e como ela pode se expressar na sociedade que ali vive. Interações, desejos, vontades, atuações. Tecnologias, iniciativas, mobilizações. Nas cidades eclodem boas ideias para a aprimorar a qualidade de vida de quem lá vive.

Transferências de ações e inovações são fundamentais para crescemos enquanto humanidade e nada melhor que reunir bons especialistas com o intuito de disseminar tais conhecimentos locais, pensando global.

O evento conta com a participação de renomados especialistas, executivos, lideranças e autoridades nacionais e internacionais em desenvolvimento sustentável, gerando exposição de soluções para os desafios que a questão da sustentabilidade traz para governo, empresas e sociedade civil.

O tema da 7ª edição do SUSTENTAR 2014 será “Cidades Sustentáveis”. Sediado em Belo Horizonte há sete anos, desde a sua primeira edição, é considerado um dos mais representativos eventos sobre sustentabilidade do Brasil. 

A quem se destina: Pessoas em busca de conhecimento, informação, emoção, atualização, debates, discussões, participação, intercâmbio. O SUSTENTAR é o momento oportuno para gestores de responsabilidade socioambiental de empresas, governo, acadêmicos, mídia, todo cidadão, pessoas físicas e jurídicas, discutirem ideias, atitudes e soluções que contribuam para promover a construção de um mundo melhor, com responsabilidade ambiental, social, econômica e cultural.

Local: Minascentro – Minas Gerais

Informações: (31) 2515-3382 / (31) 2516-3382 | info@sustentar.net

Facebook: https://www.facebook.com/Sustentar

Data: De 7 e 8 de maio.

Obs: Algumas atividades são gratuitas, em outras é cobrado valor simbólico. Para saber os valores, consultar no site do evento, pois é variável de acordo com a atividade.

CONECTE-SE AO EVENTO: http://sustentar.net

Fonte: Agenda Sustentabilidade

Vale elimina a primeira de suas nove barragens a montante remanescentes em MG


A empresa pontuou que as demais barragens a montante também já estão passando por obras preliminares (Divulgação / Vale)

RIO DE JANEIRO – A mineradora Vale informou nesta quarta-feira ter concluído as obras para a eliminação da primeira de suas nove barragens com método construtivo a montante que serão descaracterizadas, conforme anunciado em janeiro, após o rompimento fatal de uma de suas estruturas em Brumadinho (MG).

A companhia está investindo R$ 8,6 bilhões nas obras de descaracterização, o que inclui aportes na construção de barreiras de contenção a jusante para reforçar a segurança.

Enquanto realiza os trabalhos de descaracterização, a maior produtora global de minério de ferro mantém paralisada capacidade de cerca de 55 milhões de toneladas, adiando a meta de aproximadamente 400 milhões de toneladas/ano, antes esperada para 2019.

A empresa espera retomar em 2020 cerca de 30 milhões de toneladas de operações suspensas por Brumadinho e mais 25 milhões em 2021, segundo informou a Vale no seu último relatório de produção.

A primeira barragem descaracterizada foi a chamada 8B, na Mina de Águas Claras, em Nova Lima, cujas obras foram iniciadas em 17 de maio, disse a Vale nesta quarta-feira.

O objetivo, segundo a companhia, é que nos próximos três anos todas as barragens estejam descaracterizadas ou com o fator de segurança adequado, sem oferecer risco às comunidades e municípios localizados abaixo das estruturas e ao meio ambiente, pontuou a mineradora.

O plano para a eliminação dessas estruturas foi colocado em prática após uma barragem da companhia em Brumadinho, com o mesmo método construtivo, ter entrado em colapso em 25 de janeiro, liberando uma onda de rejeitos de minério de ferro que atingiu instalações da companhia, rios, mata e comunidades.

O desastre deixou mais de 255 pessoas mortas, grande parte de funcionários da própria empresa.

“A área onde ficava a barragem também está sendo revegetada, o que permitirá uma reintegração mais rápida ao meio ambiente”, afirmou a Vale, em um comunicado à imprensa.

“Foi aplicada uma manta vegetal em uma área de 12.700 m2 e plantadas mil mudas de espécies nativas da Mata do Jambreiro, reserva de proteção permanente preservada pela Vale onde estava localizada a 8B.”

A empresa pontuou que as demais barragens a montante também já estão passando por obras preliminares com o objetivo de rebaixar o nível de água das estruturas, antes do início da descaracterização propriamente.

Marta Nogueira / Reuters

Barragem gigante é vistoriada após tremor de terra atingir Congonhas


Casa de Pedra tem 76 metros de altura e capacidade de acumular cerca de 50 milhões de m³ de rejeito (Reprodução)

Equipes da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Defesa Civil de Minas Gerais vistoriam, nesta terça-feira (26), a situação da barragem Casa de Pedra, da mineradora CSN, e de outras estruturas de Congonhas, região Central do estado. Na noite dessa segunda-feira (25), um tremor de terra de magnitude 3,2 na Escala Richter assustou a população, que já vive apreensiva por causa das 24 barragens que cercam a cidade.

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A mineradora CSN, responsável pela barragem Casa de Pedra, garante que o tremor não abalou a estrutura, que tem 76 metros de altura e capacidade para 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Trata-se da maior barragem em área urbana da América Latina.

O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB) registrou que o epicentro do tremor aconteceu no território de Belo Vale, também na Região Central, às 20h27 e teve magnitude de 3.2.

“O tremor sentido em Congonhas não causou nenhum dano na estrutura da barragem Casa de Pedra. Todas as inspeções realizadas evidenciaram que elas estão estáveis e nenhuma anomalia foi identificada. Também não houve dano nas demais áreas da unidade”, diz nota da CSN, que segue monitorando a situação.

A Prefeitura de Congonhas informa que fez contatos com diversas pessoas para verificar a origem do fenômeno, se de ordem natural ou provocada por algum acidente. “Equipe da Prefeitura segue monitorando informações sobre a segurança das estruturas de barragens. A primeira preocupação foi com a condição de estabilidade da estrutura da Barragem Casa de Pedra, que é a mais próxima da área urbana”.

“Não tem nenhuma informação de que há risco iminente de rompimento. Isso é totalmente inverídico, não tem essa informação. A casa de Pedra continua estável, segundo a geotecnia da CSN”, tranquilizou o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil estadual.

Barragens

Congonhas tem 24 barragens. Além da CSN, Gerdau, Ferrous e Vale operam na cidade. No entanto, a operação da Casa de Pedra é a que gera mais insegurança. Em 2017, um parecer do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontou risco de rompimento da estrutura e determinou que a CSN Mineração tomasse uma série de medidas para sanar danos. Conforme o órgão, a empresa executou as determinações.

Com população de aproximadamente 54 mil habitantes, Congonhas seria destruída em caso de rompimento das barragens. Das 24 estruturas, 54% têm dano potencial associado considerado alto.

Relatório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Congonhas mostra que a cidade histórica que abriga os profetas do mestre Aleijadinho seria praticamente varrida. O colapso afetaria de maneira drástica até mesmo outros municípios.

Mais de 20 mil estudantes caminham em defesa do meio ambiente


Caminhada EcoDom 2019 para Belo Horizonte e levou mensagem de preservação ambiental Foto (Thiago Ventura/DomTotal)

Belo Horizonte teve grande mobilização em defesa do meio ambiente na manhã desta sexta-feira (22). Mais de 20 mil estudantes, acompanhados pelos seus professores, participaram da VIII Caminhada Ecológica, promovida pelo Movimento EcoDom, celebrando o empenho e as conquistas de projetos de sustentabilidade desse ano. O Movimento EcoDom, da Escola de Direito Dom Helder e Escola de Engenharia EMGE, conta com a participação de escolas da rede pública de educação de Minas Gerais, em convênio com a Secretaria de Estado da Educação (SEE-MG). O evento contou também com as 61 escolas que disputaram, exclusivamente, o Campeonato Estadual de Matemática (CEM) promovido pela EMGE.

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Munidos com balões, faixas, tambores e bandeiras, os estudantes deixaram a Praça Raul Soares, às 8h30, e seguiram pela Avenida Olegário Maciel até a Praça da Assembleia Legislativa, no Santo Agostinho. A manifestação foi puxada pela fanfarra do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) e parou o Centro de Belo Horizonte. “É muito bonito ver esses jovens com tamanha empolgação e alegria! Temos que nos manifestar mesmo. O meio ambiente agradece”, afirmou a aposentada Maria Helena Costa, que mudou o percurso de suas atividades físicas para acompanhar a caminhada.

Minas Gerais implementa Política de alimentos orgânicos


            

 

Minas Gerais é o primeiro Estado a implementar uma Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. Sancionada neste mês pelo governador Antonio Anastásia, a Lei 21.146/14 tem como objetivo ampliar e fortalecer a produção, o processamento e o consumo de produtos agroecológicos, orgânicos e em transição agroecológica, com ênfase nos mercados locais e regionais.

As ações serão destinadas prioritariamente aos agricultores familiares, urbanos e aos povos e comunidades tradicionais.

Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Zé Silva, a criação desse marco legal é o passo inicial para a realização de um diagnóstico e a elaboração de políticas públicas voltadas para toda a cadeia – produção, comercialização, beneficiamento, instrumentos para financiamento e até incentivos fiscais.

Zé Silva explica que o setor é fonte de emprego e renda segura para muitas famílias no meio rural. “A Emater-MG desenvolve um trabalho consistente nesta área junto aos agricultores familiares, com ações visando à consolidação e ao reconhecimento da instituição como a melhor empresa em fomentar a ciência agroecológica e a capacitação de técnicos, criando projetos estruturadores e ações educativas sobre as técnicas de agriculturas sustentáveis. Esperamos que outros Estados sigam o exemplo pioneiro do governo estadual”, afirma.

Certificação

Minas Gerais conta, atualmente, com 366 agricultores orgânicos certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é o órgão responsável pela garantia da qualidade orgânica dos produtos em todo o país.

“O número é pequeno e muito abaixo do ritmo de crescimento da demanda por produtos sem agrotóxicos no Brasil e no mundo. Há um grande potencial de crescimento, mas nosso trabalho, a longo prazo, tem principalmente uma perspectiva de mudança do modelo convencional de produção para outro mais sustentável, englobando aqueles produtores que se encontram num estágio de transição entre um modelo e outro”, explica o coordenador de Apoio à Agroecologia da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Eugênio Resende.

O coordenador informa que o detalhamento dos instrumentos para estímulo à produção agroecológica e orgânica no Estado vai ser objeto de regulamentação. “Será elaborado um plano estadual e queremos que seja uma construção coletiva, com a participação da sociedade civil organizada e das instituições públicas”.

O acompanhamento e a participação social serão feitos por meio do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (Cedraf-MG), de acordo com regulamento específico.
Além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que já conta com uma Coordenadoria Estadual de Agroecologia, outros órgãos vinculados à Seapa já desenvolvem trabalhos na área.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é credenciado junto ao Ministério da Agricultura para fazer a certificação por auditoria de produtos orgânicos de origem vegetal e está se credenciando para a certificação de produtos de origem animal.

Na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), foi criado grupo técnico consultivo para apresentação de subsídios destinados à elaboração do Programa de Pesquisa Especial em Agroecologia e Produção Orgânica. 

Fonte: Clic Folha

Laísa Mangelli