O Cerrado ocupa aproximadamente 25% do território nacional, é o segundo maior bioma brasileiro em extensão e possui uma área com cerca de 2.045.000 km² (cerca de 204 milhões de hectares). Em termos de biodiversidade, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade e ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos hotspots mundiais, ou seja, um dos biomas mais ricos e ameaçados do mundo.
O Cerrado em sua maior parte, está localizado no Planalto Central Brasileiro que, conforme sua denominação, compreende regiões de elevadas altitudes, na porção central do país. Assim, o espaço geográfico ocupado pelo bioma desempenha papel fundamental no processo de distribuição dos recursos hídricos pelo país, constituindo-se o local de origem das grandes regiões hidrográficas brasileiras e do continente sul-americano, fenômeno apelidado de “efeito guarda-chuva”.
Para uma melhor gestão dos recursos hídricos nacionais, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) em sua Resolução Nº 32 de 2003 instituiu a divisão hidrográfica nacional em doze regiões (figura 01).
Figura 01: Regiões Hidrográficas
Das doze regiões hidrográficas brasileiras, as águas do Cerrado vertem para oito (figura 02) e no bioma existem nascentes de 3 dos maiores rios brasileiros: rio Araguaia, rio São Francisco e rio Tocantins.
Para um maior entendimento do que isso significa em termos de abastecimento, em porcentagem de vazão o Cerrado contribui para as regiões Amazônica e Atlântico Norte com 3,8% e 8,6% respectivamente, para a região do Atlântico Leste a contribuição das águas do Cerrado é de 21%, na região do Paraná o correspondente é de quase 50%, na região Tocantins-Araguaia a contribuição é de mais de 60%. O bioma contribui também para o abastecimento de importantes aquíferos subterrâneos, entre eles oAquífero Guarani.
Figura 02: Cerrado e as regiões hidrográficas
Já nas regiões do São Francisco, Parnaíba e Paraguai, o Cerrado é responsável respectivamente, por aproximadamente 94%, 105% e 135% da vazão gerada nessas regiões e esse fato mostra que essas regiões têm uma forte dependência do bioma para o abastecimento de seus rios. Os valores superiores a 100% indicam que o restante da área de abrangência da bacia tem um déficit no balanço hídrico em relação à geração de vazão, isso ocorre nas regiões do São Francisco e Parnaíba pela baixa produção hídrica de áreas semiáridas e na região do Paraguai devido a exposição das águas na superfície das áreas do Pantanal que faz com que o volume de água evaporada seja muito grande, o que torna o balanço hídrico negativo.
Os recursos hídricos do Cerrado possuem uma importância que extrapola em muito as dimensões do bioma. Considerando apenas questões como as de abastecimento, indústria, irrigação, navegação, recreação e turismo, já poderiam ser gerados diversos índices e números que mostram o quanto as águas do Cerrado representam para o Brasil. Vale ainda destacar que as bacias hidrográficas que possuem nascentes nesse bioma são de extrema importância para a geração da energia elétrica, as bacias do Paraguai, São Francisco e Tocantins tem importante contribuição para a geração de energia elétrica através das diversas usinas
O Cerrado ocupa aproximadamente 25% do território nacional, é o segundo maior bioma brasileiro em extensão e possui uma área com cerca de 2.045.000 km² (cerca de 204 milhões de hectares). Em termos de biodiversidade, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade e ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos hotspots mundiais, ou seja, um dos biomas mais ricos e ameaçados do mundo.
O Cerrado em sua maior parte, está localizado no Planalto Central Brasileiro que, conforme sua denominação, compreende regiões de elevadas altitudes, na porção central do país. Assim, o espaço geográfico ocupado pelo bioma desempenha papel fundamental no processo de distribuição dos recursos hídricos pelo país, constituindo-se o local de origem das grandes regiões hidrográficas brasileiras e do continente sul-americano, fenômeno apelidado de “efeito guarda-chuva”.
Para uma melhor gestão dos recursos hídricos nacionais, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) em sua Resolução Nº 32 de 2003 instituiu a divisão hidrográfica nacional em doze regiões (figura 01).
Figura 01: Regiões Hidrográficas
Das doze regiões hidrográficas brasileiras, as águas do Cerrado vertem para oito (figura 02) e no bioma existem nascentes de 3 dos maiores rios brasileiros: rio Araguaia, rio São Francisco e rio Tocantins.
Para um maior entendimento do que isso significa em termos de abastecimento, em porcentagem de vazão o Cerrado contribui para as regiões Amazônica e Atlântico Norte com 3,8% e 8,6% respectivamente, para a região do Atlântico Leste a contribuição das águas do Cerrado é de 21%, na região do Paraná o correspondente é de quase 50%, na região Tocantins-Araguaia a contribuição é de mais de 60%. O bioma contribui também para o abastecimento de importantes aquíferos subterrâneos, entre eles oAquífero Guarani.
Figura 02: Cerrado e as regiões hidrográficas
Já nas regiões do São Francisco, Parnaíba e Paraguai, o Cerrado é responsável respectivamente, por aproximadamente 94%, 105% e 135% da vazão gerada nessas regiões e esse fato mostra que essas regiões têm uma forte dependência do bioma para o abastecimento de seus rios. Os valores superiores a 100% indicam que o restante da área de abrangência da bacia tem um déficit no balanço hídrico em relação à geração de vazão, isso ocorre nas regiões do São Francisco e Parnaíba pela baixa produção hídrica de áreas semiáridas e na região do Paraguai devido a exposição das águas na superfície das áreas do Pantanal que faz com que o volume de água evaporada seja muito grande, o que torna o balanço hídrico negativo.
Os recursos hídricos do Cerrado possuem uma importância que extrapola em muito as dimensões do bioma. Considerando apenas questões como as de abastecimento, indústria, irrigação, navegação, recreação e turismo, já poderiam ser gerados diversos índices e números que mostram o quanto as águas do Cerrado representam para o Brasil. Vale ainda destacar que as bacias hidrográficas que possuem nascentes nesse bioma são de extrema importância para a geração da energia elétrica, as bacias do Paraguai, São Francisco e Tocantins tem importante contribuição para a geração de energia elétrica através das diversas usinas hidrelétricas presentes em seus rios.
O Cerrado é considerado o “celeiro” brasileiro, é do bioma que sai boa parte da produção agropecuária brasileira, nesse contexto há uma grande demanda de água para suprir as necessidades de tamanha produção, cerca de 80% do consumo efetivo de recursos hídricos é destinado à produção de alimentos.
Mesmo com tamanha importância para a produção e distribuição de água para diversas regiões do país, apenas 8,21% da área total do território é legalmente protegida com unidades de conservação, uma das razões que fazem do Cerrado o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ação humana.
Existem muitos desafios a serem superados para a gestão adequada do uso dos recursos hídricos no cerrado: faltam legislações estaduais de recursos hídricos mais eficazes, faltam avanços e maior participação da sociedade nos sistemas de gestão de recursos hídricos, estruturação e consolidação dos comitês de bacias, programas de incentivo à conservação e recuperação de nascentes, incentivos para práticas de produção conservacionistas e poupadoras de água, ampliação de investimentos na área de saneamento, deve-se ter mais áreas protegidas, entre outros.
É fundamental que haja a ampliação de conhecimentos sobre o comportamento dos processos hidrológicos no Cerrado e de como os impactos das ações antrópicas sobre o bioma pode influenciar o abastecimento de água nas diferentes regiões do país, isto porque, além dos prejuízos locais que o mal uso das águas do Cerrado pode provocar, seus efeitos serão propagados por extensões muitos maiores, já que a região do bioma tem áreas de montantes de grandes bacias como foi visto no texto.
O Cerrado é considerado o “celeiro” brasileiro, é do bioma que sai boa parte da produção agropecuária brasileira, nesse contexto há uma grande demanda de água para suprir as necessidades de tamanha produção, cerca de 80% do consumo efetivo de recursos hídricos é destinado à produção de alimentos.
Mesmo com tamanha importância para a produção e distribuição de água para diversas regiões do país, apenas 8,21% da área total do território é legalmente protegida com unidades de conservação, uma das razões que fazem do Cerrado o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ação humana.
Existem muitos desafios a serem superados para a gestão adequada do uso dos recursos hídricos no cerrado: faltam legislações estaduais de recursos hídricos mais eficazes, faltam avanços e maior participação da sociedade nos sistemas de gestão de recursos hídricos, estruturação e consolidação dos comitês de bacias, programas de incentivo à conservação e recuperação de nascentes, incentivos para práticas de produção conservacionistas e poupadoras de água, ampliação de investimentos na área de saneamento, deve-se ter mais áreas protegidas, entre outros.
É fundamental que haja a ampliação de conhecimentos sobre o comportamento dos processos hidrológicos no Cerrado e de como os impactos das ações antrópicas sobre o bioma pode influenciar o abastecimento de água nas diferentes regiões do país, isto porque, além dos prejuízos locais que o mal uso das águas do Cerrado pode provocar, seus efeitos serão propagados por extensões muitos maiores, já que a região do bioma tem áreas de montantes de grandes bacias como foi visto no texto.
Para esconder crise em ano eleitoral, governo paulista improvisa “solução” que afetará abastecimento por 15 anos e provocará desastre ambiental
O uso do chamado “volume morto”, ou reserva técnica, pode levar ao colapso o sistema Cantareira, responsável por levar água para oito milhões de pessoas na Grande São Paulo e interior. Especialistas consultados pelo iG prevêem um desastre ambiental com a decisão do governo do Estado de iniciar a retirada de 400 milhões de metros cúbicos da água que fica abaixo do sistema de captação dos reservatórios.
As obras para extrair a água subterrânea – orçadas em R$ 80 milhões – começaram no dia 17 de março nas represas de Nazaré Paulista e Joanópolis. “Se a seca se repetir no próximo ano e o governo optar apenas pelo uso do volume morto, a Cantareira vai entrar em colapso e demorar de dez a 15 anos para se recuperar”, aposta José Cezar Saad, coordenador de projetos do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), uma associação de indústrias, prefeituras e entidades de 43 municípios. “O racionamento deveria ter começado há um mês e precisaria atingir 50% da água consumida pelos paulistas.”
Inaugurado em 1973, o reservatório do sistema Cantareira precisou de 10 anos para encher em uma época em que a população da capital e cidades vizinhas girava em torno de 4,8 milhões de pessoas. “No regime típico de chuvas, foram necessários mais 10 anos para a Cantareira subir 20%. No ano 2000, os reservatórios estavam com 80% do volume útil e só chegou a 100% em 2010. Agora imagina quanto tempo vai demorar se a seca se mantiver e ainda secarmos a água do volume morto.”
De acordo com as contas do consórcio, 280 milhões de metros cúbicos do volume terão sido consumidos até o final do ano se metade da água consumida pelos paulistas não for economizada. Pior: se a chuva esperada não cair e 90% do volume morto forem consumidos, o reservatório entra em crise. “Para encher, será preciso parar de abastecer a região de São Paulo e liberar o mínimo possível para os leitos, e, ainda assim, vai depender muito do regime de chuvas”, prevê Saad. “Nós do consórcio sugerimos uma economia de 30% a 50% do consumo, e então chegaremos a outubro sem precisar usar o volume morto.”
Essa é uma das maiores preocupações da bióloga Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba. “Talvez a tentativa de usar esse volume seja porque não exista um plano emergencial de racionamento. Mas e se acabar o volume morto e não chover o necessário?”
A bióloga lembra que, quando o sistema entrou em operação, muitas espécies desapareceram com a transformação de rios em lagos. “A utilização do volume morto pode ocasionar uma nova crise ecológica porque a retirada dessa água afeta toda a cadeia ecológica”.
“Com menos água, o ambiente tem menor capacidade de manter populações de peixe, principalmente agora, final da piracema, o período de reprodução. A competição por espaço, alimento e oxigênio aumenta. O próprio esgotamento do sistema é um impacto ecológico sem tamanho e vai levar anos para se recuperar.”
Sedimentos
De acordo com Silvia, os paulistas também terão de consumir água de baixa qualidade, já que o líquido do volume morto fica em contato com 40 anos de sedimentos que se acumularam no fundo do Sistema. “Enquanto o reservatório estava cheio, os metais pesados e poluentes foram para o fundo e se juntaram ao lodo. Ao explorar essa água perto do chão, a própria sucção revolve esse sedimento e libera esses poluentes, tanto orgânicos (como restos de peixes mortos) como resíduos de agrotóxicos utilizados em plantações no entorno das represas que formam o sistema.”
Ela faz uma comparação com um copo de água com terra. “Depois de um tempo, o sólido se deposita no fundo. Ao chegar ao fim do copo, a chance de recolher água suja é maior. A água captada do volume vai precisar passar por tanques de decantação, encarecendo seu tratamento.”
Eleições
Saad acredita que a decisão de evitar o racionamento tenha sido tomada com vistas na eleição estadual deste ano. “Essa escolha, que é técnica, está sendo política. Mesmo que a economia de água girasse em torno de 35%, seria possível consumir algo em torno de 16% do volume morto.” Para a bióloga, “é preferível que seja má gestão e falta de um plano de emergência do que uma decisão relacionada à campanha política”. “No final das contas, os prejuízos serão arcados por quem estiver no comando do Estado no ano que vem.”
Procurada pelo iG para discutir a opção de usar o volume morto antes do racionamento, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) – companhia que administra o sistema Cantareira – não respondeu até o fechamento da reportagem. Nesta terça-feira, a Cantareira tinha apenas 12% do volume de água.
No começo do mês, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, afirmou que as projeções da empresa apontam segurança no abastecimento de água, sem necessidade de rodízio, até o final do ano, “considerando o pior cenário de chuvas e a utilização da reserva técnica (volume morto)”.
Medo, insônia e insegurança passaram a fazer parte da vida de moradores de Grão Mogol e Padre Carvalho, no Norte de Minas. O motivo? A possibilidade de instalação de empreendimento minerário de grande porte nos municípios. O assunto foi debatido em audiência pública nesta segunda-feira (16), na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Com motes como “mineração, aqui não”, eles participaram de nova audiência sobre o assunto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na qual se referiram ao negócio como “projeto de morte” e reivindicaram a suspensão imediata de qualquer processo de licenciamento da atividade.
O empreendimento prevê a construção de mineroduto e de barragem de rejeitos pela Sul Americana de Metais (SAM) e seria 100 vezes maior do que o de Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte), ameaçando 70 nascentes e 11 comunidades tradicionais geraizeiras, em uma região que já sofre com a seca.
Adaptados às características do cerrado do Norte de Minas, de onde tiram o que é necessário para sua sobrevivência, os geraizeiros são populações tradicionais com meios próprios de vida, por meio da criação de animais, plantações, extrativismo de frutos e a agricultura familiar.
Orlando dos Santos, presidente da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, centrou sua fala no valor que o cerrado tem para os geraizeiros. “Querem a mineração a qualquer custo, com falsas promessas de desenvolvimento por parte da empresa e até com a distribuição de kits de irrigação para tapear, tentando nos coagir, mas não vamos deixar”, desabafou, emocionado.
Licenciamento fragmentado
Fatos relacionados ao empreendimento se arrastam desde 2006, quando foram relizadas as primeiras visitas da mineradora SAM, de controle chinês, às comunidades geraizeiras, com início de pesquisas minerais e estudos de impacto ambiental do projeto, conforme histórico relembrado por Luzia Alane Dias, representante da Comissão Pastoral da Terra.
Em 2016, o projeto foi indeferido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por inviabilidade ambiental. Ao longo desse tempo, o projeto passou por sucessivas mudanças de nome e também de novos pedidos de autorização. Mais recentemente, esses pedidos teriam sido desmembrados entre a Lotus Brasil Comércio Logística e a SAM, que, na prática, seriam a mesma empresa e teriam o mesmo comando.
Essa estratégia foi criticada pela presidenta da comissão, deputada Leninha (PT), para quem se trataria de uma fragmentação intencional na busca de se conseguir o licenciamento a todo custo, com cada empresa cuidando de uma das iniciativas. Por hora, já que há questionamentos também na Justiça, o licenciamento do mineroduto caberia ao Ibama e o da barragem, à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
“A água está em disputa, e não queremos que ela sirva para empurrar minério em uma região carente desse recurso,”, ressaltou Leninha, que pediu a audiência juntamente com as deputadas Andréia de Jesus (Psol) e Beatriz Cerqueira (PT) e os deputados João Vítor Xavier (Cidadania) e Charles Santos (Republicanos).
“Esse tipo de empreendimento predatório não vale o custo para a população”, criticou, ainda, Beatriz Cerqueira, lembrando que “o crime da Vale” deixou 270 pessoas mortas e uma região devastada com o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro passado.
A defensora pública Ana Cláudia Storch informou que ainda vai analisar mais a fundo o protocolo de intenções assinado recentemente pelo governador Romeu Zema quanto ao empreendimento no Norte de Minas, mas que já poderia apontar pontos que considerou como preocupantes no documento.
Entre eles, está o fato de o governo registrar que a atividade trará benefícios sociais e econômicos à população, ao mesmo tempo em que diz no documento que haverá necessidade de “remoções forçadas” de populações que vivem na região.
Também chamou a atenção da defensora o fato de o documento expressar, na cláusula primeira, que o protocolo tem como objetivo viabilizar a extração e o beneficiamento de minério. “Essa intenção de viabilizar não condiz com um protocolo de governo, que é ao mesmo tempo o órgão fiscalizador”, criticou a defensora.
A advogada Layza Santos alertou, por outro lado, que as populações geraizeiras não estariam sendo informadas e nem consultadas, como preconiza a legislação vigente e a convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, e que garantem o direito à Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) dos povos atingidos por projetos públicos e privados.
Ibama e Semad
Considerado inviável ambientalmente em 2016 pelo Ibama, o empreendedor, alegando alterações no projeto, entrou com outro pedido, que foi novamente negado, levando a empresa a entrar com recurso administrativo. Em julho deste ano, o presidente do Ibama manifestou-se, na análise do recurso, pelo direito de o empreendedor dar prosseguimento ao processo de licenciamento, que encontra-se ainda em fase de elaboração de um novo estudo ambiental, conforme informou à comissão André Andrade, analista ambiental do Ibama.
Por sua vez, Rodolfo Fernandes, analista ambiental da Semad, esclareceu que nenhum tipo de licença envolvendo o empreendimento, ainda que prévia, encontra-se dentro do órgão ambiental no momento. Segundo ele, a análise está paralisada e deverá ser retomada somente após a realização de oitivas na região e de audiências públicas de consulta. “Vamos considerar as colocações feitas aqui e os encaminhamentos da comissão”, garantiu.
Os interessados em participar do Prêmio ANA 2014 têm até 30 de maio para se inscreverem na premiação bienal da Agência Nacional de Águas através do hotsite www.ana.gov.br/premio. O objetivo do concurso é reconhecer boas práticas relacionadas a água em sete categorias: Empresas; Ensino; Governo; Imprensa; Organismos de Bacia; Organizações Não Governamentais (ONG); e Pesquisa e Inovação Tecnológica. Os trabalhos participantes devem contribuir para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País.
Em 2014, o Prêmio ANA traz uma grande novidade para os vencedores de cada uma das sete categorias. Além de receberem o Troféu Prêmio ANA, eles ganharão uma viagem com despesas pagas para o maior evento do planeta sobre recursos hídricos – o Fórum Mundial da Água –, que acontecerá de 12 a 17 de abril de 2015 em Daegu e Gyeongbuk, na Coreia do Sul. Durante o evento, os vencedores apresentarão seus trabalhos no Pavilhão Brasil, estande do País no Fórum Mundial da Água.
O Prêmio ANA 2014 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à Agência e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; impactos social e ambiental; potencial de difusão; adesão social; originalidade; e sustentabilidade financeira (se aplicável).
A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das categorias. Os vencedores serão conhecidos em solenidade de premiação marcada para 3 de dezembro de 2014 em local a ser definido. O Prêmio ANA conta com patrocínio exclusivo da Caixa Econômica Federal e é apoiado pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (REBOB).
Inscrições
Nesta edição do Prêmio ANA, as inscrições devem ser realizadas pelo hotsite do evento. Caso os participantes queiram enviar materiais físicos complementares, o envio deverá ser realizado por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2014 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 118, Brasília (DF), CEP: 70610-200. A data de postagem será considerada como a de entrega e o localizador da remessa deverá ser informado no ato da inscrição, que só será confirmada pela Comissão Organizadora após o recebimento dos materiais complementares.
Cada participante pode inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.
Categorias
De acordo com o regulamento do Prêmio ANA 2014, podem concorrer em cada categoria:
• GOVERNO: órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual, Distrital e Municipal, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como o Ministério Público e os Tribunais de Contas;
• EMPRESAS: públicas e privadas, bem como sociedades de economia mista. Também concorrem nesta categoria os setores usuários de recursos hídricos, tais como: agricultura irrigada, aquicultura, criação de animais, geração de energia elétrica, indústria, mineração, saneamento, transporte hidroviário e turismo;
• ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONG): associações não governamentais sem fins lucrativos (também chamadas de organizações da sociedade civil), com atuação na área de recursos hídricos e de meio ambiente, associações de classe, sindicatos;
• ORGANISMOS DE BACIA: comitês de bacias hidrográficas de rios de domínio da União, dos estados e do Distrito Federal; comissões de açudes e barragens; consórcios intermunicipais com ações na área de recursos hídricos; associações de usuários; e agências de bacia;
• ENSINO: estudantes e profissionais de instituições de ensino superior, médio e fundamental;
• PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: instituições de pesquisa e profissionais voltados à produção científica e tecnológica;
• IMPRENSA: jornalistas de veículos de comunicação dos seguintes tipos: jornais, revistas, rádios, TV e sítios jornalísticos. Poderão ser apresentadas matérias especiais ou séries de reportagens relacionadas à gestão ou ao uso sustentável da água, veiculadas por meio da mídia desde 1º de janeiro de 2013 até o encerramento das inscrições.
Cronograma
• Inscrições: até 30 de maio de 2014; • 1ª Fase de avaliação: 4 de agosto a 12 de setembro; • 2ª Fase de avaliação: 6 a 10 de outubro; • Comunicação aos finalistas: 27 a 31 de outubro de 2014; • Premiação: 3 de dezembro de 2014.
Criado na Suécia, equipamento também filtra a água e garante banhos mais longos sem muita culpa.
Um novo chuveiro sustentável desenvolvido na Suécia é capaz de economizar 90% da água e 80% de eletricidade por métodos sustentáveis, além de filtrar a água fornecida para as residências por meio da rede de esgotos. Fora reduzir os preços nas tarifas de água e de energia, o novo sistema permite que as pessoas tomem banhos mais longos sem causar sérios impactos no meio ambiente.
Batizado de OrbSys, o chuveiro foi inspirado em tecnologias utilizadas por cosmonautas, e, de acordo com seus criadores, ele é capaz de gerar, para as residências, uma economia superior a mil dólares nas tarifas de água e energia. No site da empresa, o internauta pode estimar a economia média oferecida pelo sistema de acordo com a cidade em que vive – no Brasil, estão disponíveis os cálculos para São Paulo, onde o OrbSys traria uma diferença média de cerca de três mil reais ao fim do ano, considerando que quatro banhos de dez minutos são tomados diariamente na residência.
Além de filtrar e bombear a mesma água durante o banho, o sistema armazena a maior parte do aquecimento em seu interior, provocando uma significativa economia de eletricidade. “Com o meu chuveiro, que está em constante reciclagem da água, você só usaria cerca de cinco litros de água por um banho de 10 minutos. Em um banho regular, você iria usar 150 litros de água, 30 vezes mais. É muita economia”, enfatiza Merhdad Mahdjoubi, responsável pelo equipamento.
O novo chuveiro sustentável teve brilhante desempenho durante a fase de testes, em que se constatou que o sistema pode fornecer vazão de até 24 litros por minuto, os quais são reutilizados imediatamente no banho. Vale lembrar, também, que os modelos convencionais possuem vazão média de fluxo de água de 15 litros por minuto – o que faz os usuários do OrbSys tomarem uma ducha mais confortável e sem preocupações com o gasto excessivo do recurso.
O projeto foi apresentado pela primeira vez quando Mahdjoubi ainda estava cursando Desenho Industrial na Universidade de Lund, um dos mais influentes centros acadêmicos da Suécia. O inventor projetou o chuveiro em parceria com o Centro Espacial Johnson da NASA, que, na época, tinha por objetivo difundir novas tecnologias para expedições espaciais. Até agora, o chuveiro sustentável de alto desempenho não é comercializado.
A Sabesp aguarda que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) defina os últimos detalhes para dar início a aplicação de multas sobre as tarifas dos clientes que elevarem o seu consumo de água, mas ainda segue sem uma previsão definida para o começo da cobrança, afirmou o diretor de Relações com Investidores da concessionária, Rui Affonso. "A Procuradoria Geral do Estado (PGE) já deferiu a tarifa de contingência e agora a Arsesp está analisando as nuances de aplicação. Não temos uma data definida, justamente porque a proposta encontra-se em análise no órgão regulador", disse a analistas, investidores e jornalistas durante teleconferência realizada nesta manhã.
Segundo o executivo, a futura arrecadação com o programa de ônus, se aprovado, não entraria diretamente no caixa da companhia. "A arrecadação com o ônus iria para uma conta especial que, por lei, só poderia ser utilizada para o tratamento do problema que gerou essa cobrança, ou seja, para o enfrentamento da crise", explicou. Dessa forma, os ganhos com as multas não devem compensar parte das perdas de faturamento projetadas por analistas para a Sabesp no ano. A expectativa é de uma queda do resultado líquido em função justamente dos custos das medidas adotadas pela concessionária para evitar um racionamento de água na Grande São Paulo.
Para estimular a economia dos consumidores, a Sabesp adotou, em 1º de fevereiro, um programa de concessão de descontos de 30% nas tarifas dos clientes que reduzissem em 20% seu gasto mensal de água. Os custos com a medida, garantiu Affonso, não serão repassados num futuro reajuste tarifário. "O repasse dos custos do bônus no valor das tarifas está fora de cogitação", garantiu o executivo.
Os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2014 ainda não refletiram o impacto do programa de bonificação. O aumento de 5,6% receita líquida da Sabesp no período na comparação com igual trimestre do ano interior ocorreu, segundo Affonso, devido ao aumento do consumo de água nos dois primeiros meses do ano. "As altas temperaturas do período, principalmente, em janeiro e fevereiro, resultaram num aumento de 4,9% do consumo de água, acima das nossas expectativas, que eram de 2% a 2,5%", explicou.
No entanto, Affonso reconheceu que, caso a crise persista, a Arsesp pode estudar alguma forma de compensação das perdas financeiras que a concessionária terá com medidas e investimentos emergenciais.
Moradora do Morro do Alemão, a aposentada Eunice Danazio Valentin fundou uma associação de moradores e conseguiu levar água, luz e saneamento para a região, além de contribuir para a abertura de uma creche municipal
Felipe Fittipaldi
Durante os Carnavais das décadas de 70 e 80, a então empregada doméstica Eunice Danazio Valentin protagonizava uma cena pitoresca no Complexo do Alemão. Vestida com a fantasia da ala das baianas da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, descia o morro onde morava rumo ao Sambódromo. Naquela época, em que os traficantes ainda não haviam implantado o regime de terror que imperou até a ocupação do território pela polícia, em 2010, o desfile de Eunice era recebido com euforia pela criançada. “Olha a baiana”, gritavam. Com o tempo, o lugar onde ela vivia começou a ser chamado Morro da Baiana, denominação que se mantém até hoje.
Mas a fama de Eunice não decorre apenas de seus desfiles pelo Alemão. Desde que se mudou para lá, em 1968, ela se transformou em uma ativa líder comunitária que não se intimidava ao postar-se em gabinetes de políticos e repartições públicas. Graças a seus esforços como fundadora da associação de moradores, conseguiu levar água, luz e saneamento para a região, além de contribuir para a abertura da Creche Municipal Eliana Saturnino Braga, a primeira e única do Morro da Baiana, que hoje atende 85 crianças. “Bati em centenas de portas e gastei muita saliva. Era o jeito que eu tinha de o poder público me ouvir, e fui ouvida”, diz ela.
Aposentada e com 67 anos, Eunice mora atualmente em Olaria, bairro vizinho ao complexo. Seu trabalho pioneiro foi sucedido por uma série de outras iniciativas semelhantes, principalmente nos últimos três anos, a partir da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora na região.
Isso não significa que ela não mantenha os vínculos com o lugar. Uma simples caminhada a seu lado já revela quanto ela é popular no morro que leva seu apelido, sede de uma das oito UPPs do complexo e de uma estação do teleférico que conecta as diversas favelas. Ali, todos a conhecem e a saúdam respeitosamente quando passa: “Olha a dona Baiana”, dizem.
Há algum tempo, economizar água deixou de ser apenas cenário ideal para se tornar necessidade. Cada vez mais, ouvimos falar em racionamento, multas, represas com nível preocupante, entre outros. Pensando nisso, separamos dois ótimos exemplos de campanhas que visam incentivar a redução do uso da água em escolas infantis. Conheça e inspire-se!
Reágua em Santo André (SP)
Em Santo André (SP), o Programa de Uso Racional da Água nas Escolas faz parte do Programa Estadual de Apoio à Recuperação de Águas (Reágua). Realizado pelo Semasa – Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André, o programa realiza diagnósticos em escolas públicas com o objetivo de realizar intervenções para combater o desperdício da água.
O programa espera melhorar os índices de 68 escolas do município, sendo 24 creches e 44 escolas municipais de ensino fundamental. Os diagnósticos foram realizados em 2013, com análise dos equipamentos hidráulicos para verificar o consumo médio, detectar vazamentos e contabilizar equipamentos que necessitarão de troca ou manutenção.
O bacana do projeto é a contrapartida, que envolve subsídio financeiro para troca de equipamentos, e intensificação de ações de educação ambiental nas escolas, visando o combate ao desperdício de água.
Pura – Programa de Uso Racional da Água
Também no estado de São Paulo, o Pura – Programa de Uso Racional da Água, criado em 1996, prevê a redução do consumo de água na região metropolitana de São Paulo. Nas escolas estaduais, em fevereiro de 2014, o programa entrou em sua terceira fase, ampliando sua ação para 1.523 escolas, numa parceria entre a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e a Sabesp.
A ideia é oferecer um desconto de 25% na conta de água das escolas que obedecerem a meta de consumo mensal, além da melhoria dos equipamentos hidráulicos e orientação de cerca de 1,5 milhão de alunos. Das 1.523 escolas que passarão a fazer parte do Pura neste ano, 1.093 são da região metropolitana de São Paulo e 430 são do interior e litoral paulista.
O Instituto Brookfield quer divulgar histórias de crianças que criaram seu próprio jeitinho de economizar água. Assim, por meio da Campanha “Eu cuido do Futuro”, convidamos pais de todo o Brasil para contar para a nossa equipe de qual forma seus filhos ajudam a economizar água. Para divulgarmos nas nossas mídias, pedimos também que enviem as fotos dos seus filhos, via mensagem na página do Instituto Brookfield no Facebook.
Diante da escassez hídrica, a população de São Paulo deparou-se, nos últimos dias, com a notícia de que o governo estadual multará em 30% o cidadão que gastar 20% a mais de água em relação ao seu consumo normal. É uma medida justa? Vai resolver, ou ao menos minimizar o problema? O professor Wilson Jardim, do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp) acha que não e os motivos são plausíveis.
“A necessidade de racionamento é uma realidade, mas pergunto até que ponto as empresas fornecedoras podem imputar um ônus financeiro ao consumidor, se elas próprias são responsáveis pela perda de 40% da água tratada no país. É um volume muito maior do que qualquer economia que possa ser feita pela população”, disse o professor Jardim em entrevista ao Jornal da Unicamp.
Para o acadêmico – que é especialista em Química Ambiental e contaminação de solos e águas – “o racionamento é uma questão de educação e cidadania, de preocupação ambiental, não de punição. O único reflexo imediato para quem economiza água em casa é no bolso, quando vem a conta”. Então, segundo Jardim, quem deveria evitar os desperdícios gigantescos que acontecem em todo o país são as empresas fornecedoras de água.
De fato, não é nada raro ver água potável escorrendo livremente pelas calçadas em qualquer cidade brasileira. Em geral, as causas desses vazamentos são rachamentos de tubulações velhas e corroídas. Só a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deixou entrar pelo ralo 31,2% da água que ela mesma produziu em 2013. Para ter ideia, essa porcentagem equivale a nada menos que 950 bilhões de litros do precioso líquido. Nos reservatórios do Sistema Cantareira – que hoje está com menos de 12% da sua capacidade total – cabem pouco mais de 980 bilhões de litros de água.
Pior é saber que a Sabesp é, hoje, uma das empresas de distribuição com menos desperdícios. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2011 26 das maiores companhias de distribuição de água do Brasil tinham perdas de 37,2%. Macapá, capital do Amapá, teve a impressionante marca de 70% de desperdício de água.
Tem mais: as perdas de água incluem também erros na medição do consumo, hidrômetros ultrapassados e ligações clandestinas. Justiça seja feita, se quem gasta mais água por desperdício precisa pagar multas, as empresas de distribuição deveriam ser as primeiras a serem penalizadas.
Entre 5 a 9 de junho, Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) sediarão o I Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (SBHSF). Realizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), o evento busca discutir o estado atual do conhecimento sobre o Velho Chico a partir de cinco eixos temáticos: governança, qualidade da água, quantidade, recuperação ambiental e dimensão social. As inscrições podem ser realizadas via internetaté 4 de junho.
O SBHSF tem como públicos-alvo profissionais de áreas de conhecimento relacionadas a água e meio ambiente, universitários, professores, empresários, consultores ambientais, representantes de organizações não governamentais (ONG), representantes dos órgãos de governo em todas suas esferas, representantes de entidades usuárias de recursos hídricos, e empresas de consultoria em temas ambientais.
Durante o evento, os debates se concentrarão no Espaço Multieventos da UNIVASF, que fica na Avenida Antonio Carlos Magalhães, nº 510, em Juazeiro. Também haverá atividades culturais na cidade baiana e em Petrolina, além de visitas técnicas a distritos de irrigação e a vinícolas da bacia do São Francisco. Saiba mais sobre o I SBHSF em: http://sbhsf.com.br/.