Agricultura familiar se fortalece em todo o planeta


Balanço dos seis primeiros meses de 2014, Ano Internacional da Agricultura Familiar, mostra que o mundo está prestando mais atenção ao setor.

          

Atividade ganha importância e chama a atenção dos governantes (Foto: Giuliano Martins/Fetaesp)

Em julho passado, decorridos seis meses do Ano Internacional da Agricultura Familiar, instituído pela ONU, foi feito o primeiro balanço das iniciativas ao redor do mundo voltadas para a promoção do segmento responsável, no Brasil, por 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas. O resultado é animador.
De acordo com o relatório produzido pela equipe de coordenação, neste período foram mobilizadas mais de 600 entidades (entre organizações de agricultores, ONGs, ministérios, institutos e universidades) nos cinco continentes com o objetivo de promover a agricultura familiar e pleitear políticas públicas de apoio ao setor. Iniciativas como a brasileira, de compras governamentais para escolas, presídios e hospitais públicos, por exemplo, estão sendo replicadas ao redor do planeta. (veja aqui).

No último final de semana a 11ª Feira da Agricultura Familiar (Agrifam), realizada em Lençóis Paulista (SP), foi uma boa mostra da mobilização que o decreto da ONU provocou: segundo Braz Albertini, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp), realizadora do evento, nunca se viu tanta participação de órgãos públicos e empresas na feira. Ele se refere, especificamente, às instituições de pesquisa – só a Embrapa levou para a Agrifam  dezenas de tecnologias voltadas para o segmento, de 11 unidades de vários Estados. Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Fundação Instituto de Terras, Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e CATI, além do Sebrae, promoveram palestras sobre os mais variados temas, de gestão da propriedade a como preencher o cadastro ambiental rural (CAR) e a manipulação de agroquímicos (a Andef também se fez presente).

Para Albertini, com isso a agricultura familiar deixa de ser vista pela sociedade como de subsistência e passa a representar um enorme patrimônio do campo brasileiro, chamando a atenção dos governantes. Também chama a atenção das empresas de máquinas e implementos, que realizaram bons negócios na feira. A estreante Budny, do segmento de tratores, fechou 15 contratos, superando as expectativas do seu representante, Osmar de Souza. “Já nos dois primeiros dias desta edição conseguimos superar nossa meta de vendas”, comemora.

De acordo com o presidente da Fetaesp, ainda é necessário levar ao agricultor familiar mais assistência técnica, através da extensão rural, para que ele possa produzir melhor e organizar-se em associações e cooperativas, para ganhar escala no mercado. Nesse sentido, a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) – e a crescente visibilidade do setor – são indicativos de que a agricultura familiar não será lembrada apenas em 2014.

Fonte: http://revistagloborural.globo.com/Colunas/sergio-de-oliveira/noticia/2014/08/agricultura-familiar-se-fortalece-em-todo-o-planeta.html

Laísa Mangelli

Se existe um gráfico que vá te deixar desconfortável, esperamos que seja esse.


                  

O Credite Suisse, banco global sediado em Zurique, realizou um gráfico que ilustra a repartição mundial de riqueza. 32 milhões de pessoas- uma massa ligeiramente superior aos integrantes da Benelux, ou 0,7% da população mundial – possuem em suas mãos um total de 41% de todas as riquezas do planeta; 98.700 bilhões de dólares.
Com base no mesmo gráfico, é possível auferir que 3,2 bilhões de pessoas – 68,7% da população adulta- possuem 3% da riqueza mundial ou 7.300bilhões de dólares. (Fonte: Fabrizio Goria; @FGoria)

Um estudo realizado sobre as conseqüências da crise financeira em países desenvolvidos, fora divulgado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). Desta forma, ao avaliar o período entre 2010 e 2011, constatou-se uma crescente quanto ao número de pobres em alguns dos principais expoentes econômicos, tais como Estados Unidos, França, Espanha e Dinamarca. 
Atribui-se a consequência desta crescente ás deteriorações das condições de trabalho e forte aumento de pessoas desempregadas.

Em contrapartida, em países da América Latina a situação econômica e social melhorou. Destes destacam-se Colômbia e Chile. Os pesquisadores da Credit Suisse também fizeram uma projeção sobre o crescimento dos milionários ao redor do mundo nos próximos cinco anos. O Brasil com 84% é um dos países que conseguirão multiplicar seus milionários até o final de 2013 (Fonte: Canal Ibase).

                    

Publicado originalmente em: Express

Data: 09 de outubro de 2013.
Por: Arnaud Lefebvre.
Demais informações e gráficos: Canal Ibase

 

Traduzido por: Matheus Lima

 

Poluição ameaça saúde de 200 milhões de pessoas; veja piores locais


Ambientalistas publicaram lista com os dez locais mais contaminados do planeta. Entre eles está a antiga usina de Chernobyl, na Ucrânia

 

                       

Mais de 10 milhões de pessoas continuam com suas saúdes em risco por causa dos efeitos da antiga usina de Chernobyl

   Diferentes formas de contaminação comprometem a saúde de 200 milhões de pessoas no mundo, denunciaram esta terça-feira defensores do meio ambiente, que publicaram a lista dos dez locais mais contaminados do planeta. "Estimamos que a saúde de mais de 200 milhões de pessoas esteja ameaçada", afirmou o diretor da organização Blacksmith Institute, Richard Fuller.

   Para ajudar as autoridades a lutar contra as diferentes formas de contaminação, esta organização estabeleceu junto à Cruz Verde, uma ONG com sede em Genebra, uma lista dos dez locais mais contaminados do mundo.

   Entre esses locais está a bacia do rio Matenza-Riachuelo, na Argentina, onde 5 mil indústrias lançam seus resíduos entre Buenos Aires e o Rio da Prata, afetando a saúde de 20 mil pessoas.

   O lixão gigante de material eletrônico de Agbogbloshie, em Gana, que expõe 40 mil pessoas à contaminação por chumbo, mercúrio e cádmio, também integra a lista.

   As organizações denunciam, ainda, a contaminação do solo relacionada ao petróleo no delta do Níger, na Nigéria, assim como aquela provocada pelos resíduos de chumbo da explosão de minério (já encerrada) em Kabwe, a segunda cidade de Zâmbia.

   Em Jacarta, na Indonésia, mais de 500 mil pessoas diretamente e cinco milhões indiretamente são expostas a vários produtos químicos (chumbo, cádmio, cromo, pesticidas), lançados no rio Citarum, perto de Jacarta. No mesmo país, o mercúrio extraído das minas de ouro na província de Kalimantan, na ilha de Bornéu, ameaça a saúde de pelo menos 225.000 pessoas.

   Também na Ásia, cerca de 160 mil pessoas são vítimas de contaminação por cromo provocada por 270 curtumes em Bangladesh, particularmente em Hazaribagh.

   Dois locais na Rússia são denunciados pelos ambientalistas: na cidade de Dzerzhinsk, no centro da indústria química, 300 mil pessoas são ameaçadas pelos resíduos de 190 produtos tóxicos identificados em águas subterrâneas. E em Norilsk, na Sibéria, a contaminação do ar causada pelas minas de propriedade de Norilsk Nickel põe em grave risco a saúde de 135 mil pessoas.

   A lista inclui ainda a antiga usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, onde mais de 10 milhões de pessoas continuam com suas saúdes em risco.

Fonte: TERRA – Sustentabilidade

Paris 2015: conferência sobre clima na França, uma aposta?


PLANETALaurent Fabius (Ministro das relações exteriores da França) apresentou nesta segunda-feira o programa francês para a conferência sobre o clima (COP 21) que poderá ocorrer em Paris no ano de 2015.

Depois da ducha fria em Copenhague, o planeta continua a aquecer, mas as negociações parecem nubladas. Nesta segunda-feira François Hollande recebeu o presidente do GIEC (Grupo de especialistas intergovernamentais sobre a evolução do clima), cujo relatório publicado em 27 de setembro, mais uma vez ressaltou a urgência em reduzir os gases do efeito estufa.

Um ato diplomático
Para o Ministro das relações internacionais Laurent Fabius, a conferência sobre o clima que ocorrerá em Paris “não deve ser uma reunião para tentar: esta reunião será para decidir”. Após o fracasso de Copenhague e a procrastinação seguinte “é essencial um acordo universal, com compromissos ambiciosos, para atingir a redução de emissores de gases do efeito estufa e isto será bem concluído em 2015”, anunciou Laurent Fabius.

          

Porque a França é sucesso enquanto outros países falham? Para Pascal Canfin, Ministro delegado ao desenvolvimento aplicado na organização da conferência sobre o clima “a França possui uma rede diplomática que lhe permite trabalhar com todos os países do mundo, estamos presentes no G8, G20, além de laços estreitos com alguns países africanos”.

Um exemplo a demonstrar

Pascal Canfin tem participado mensalmente junto de Laurent Fabius e o Ministro da Ecologia Philip Martin, em um projeto piloto para realização da conferência. Acreditam que o sucesso da conferência em 2015 está na sua preparação. “Temos pouco mais de dois anos, mas a armadilha seria deixar para mais tarde e não aproveitar o tempo para discutir por reuniões com representantes do mundo” afirma Canfin. 

O contexto internacional deverá igualmente ajudar a França a sair de cabeça erguida desta reunião da cúpula. As considerações ambientais tornam-se importantes dentro dos discursos da China e Barack Obama. Obama quer deixar o verde como um rastro de seu segundo mandato e um legado contra as mudanças climáticas nos Estados Unidos. Se a crise econômica não se arrastar até 2015, a França poderá muito bem realizar sua conferência sobre uma estrela de sorte. Não se esquecendo que a organização desta conferência obriga a França a ter uma liderança que passa, concretamente, a implementação de medidas, como a contribuição clima-energia ou a redução do consumo de energia em 50% até 2050. A França possui dois anos para se tornar um exemplo em matéria de emissores de gases do efeito estufa. Uma aposta não tão simples de  vencer.

– Audrey Chauvet
Publicada dia 30/09/2013 à 18h42 – atualizado em 30/09/2013 à 18h43
Fonte: 20 Minutes
Tradução: Matheus Lima

 

Kepler -186f: NASA descobre planeta que pode abrigar vida


             

A Agência Espacial Americana (NASA) anunciou na ultima quinta-feira (17) a descoberta do Kepler-186f, um planeta mais ou menos do tamanho da Terra. O mais legal é que há grandes chances de o planeta ter água em forma líquida – e, consequentemente, algum tipo de vida (da maneira como conhecemos).

 

No Kepler-186f, um ano dura 130 dias. O novo planeta gira em torno de uma estrela chamada Kepler-186, na constelação de Cisne, a uns 500 anos-luz da Terra. A Kepler-186 é uma anã vermelha. Estrelas dessa categoria têm menos que a metade da massa do Sol. Em sua órbita, há outros planetas além desse novo primo da Terra. Mas não há indícios de vida em nenhum deles, porque estão bem perto da estrela, onde é quente demais.

 

Planetas que orbitam em torno de estrelas fora do Sistema Solar não são novidade na astronomia. Só em zonas habitáveis, regiões onde as condições para a vida são mais favoráveis, há pelo menos 20 planetas já conhecidos. Mas, em comparação com outros, o Kepler-186f está em vantagem: não está nem muito perto, nem muito longe de sua estrela (assim como a Terra). O tamanho também conta. Planetas muito grandes normalmente são feitos de gás, como Júpiter. E, para os cientistas, é bem mais provável que exista vida em planetas sólidos. O Kepler-186f é só 10% maior que nós e, ao que tudo indica, também é rochoso.

 

Calma, não estamos nem perto de viajar até o planeta para confirmar nossas suspeitas. Acontece que essa suspeita já é muita coisa. De todos os planetas de dentro e fora do Sistema Solar, só 4 são notadamente feitos de “pedra” (Mercúrio, Vênus, Marte e Terra). Com o Kepler-186f, são 5. O problema é que, segundo a astrônoma Elisa Quintana, vai ser bem difícil conseguir mais detalhes sobre o nosso novo primo. “A luz da estrela é muito fraca para novos estudos, mesmo com grandes telescópios de última geração”, diz a cientista, que trabalha com pesquisas do telescópio Kepler no Instituto SETI (sigla em inglês para “busca por inteligência extraterrestre”).

 

Fonte: Super Interessante

Laísa Mangelli

 

Kepler -186f: NASA descobre planeta que pode abrigar vida


             

A Agência Espacial Americana (NASA) anunciou na ultima quinta-feira (17) a descoberta do Kepler-186f, um planeta mais ou menos do tamanho da Terra. O mais legal é que há grandes chances de o planeta ter água em forma líquida – e, consequentemente, algum tipo de vida (da maneira como conhecemos).

 

No Kepler-186f, um ano dura 130 dias. O novo planeta gira em torno de uma estrela chamada Kepler-186, na constelação de Cisne, a uns 500 anos-luz da Terra. A Kepler-186 é uma anã vermelha. Estrelas dessa categoria têm menos que a metade da massa do Sol. Em sua órbita, há outros planetas além desse novo primo da Terra. Mas não há indícios de vida em nenhum deles, porque estão bem perto da estrela, onde é quente demais.

 

Planetas que orbitam em torno de estrelas fora do Sistema Solar não são novidade na astronomia. Só em zonas habitáveis, regiões onde as condições para a vida são mais favoráveis, há pelo menos 20 planetas já conhecidos. Mas, em comparação com outros, o Kepler-186f está em vantagem: não está nem muito perto, nem muito longe de sua estrela (assim como a Terra). O tamanho também conta. Planetas muito grandes normalmente são feitos de gás, como Júpiter. E, para os cientistas, é bem mais provável que exista vida em planetas sólidos. O Kepler-186f é só 10% maior que nós e, ao que tudo indica, também é rochoso.

 

Calma, não estamos nem perto de viajar até o planeta para confirmar nossas suspeitas. Acontece que essa suspeita já é muita coisa. De todos os planetas de dentro e fora do Sistema Solar, só 4 são notadamente feitos de “pedra” (Mercúrio, Vênus, Marte e Terra). Com o Kepler-186f, são 5. O problema é que, segundo a astrônoma Elisa Quintana, vai ser bem difícil conseguir mais detalhes sobre o nosso novo primo. “A luz da estrela é muito fraca para novos estudos, mesmo com grandes telescópios de última geração”, diz a cientista, que trabalha com pesquisas do telescópio Kepler no Instituto SETI (sigla em inglês para “busca por inteligência extraterrestre”).

 

Fonte: Super Interessante

Laísa Mangelli

 

No dia 29 de março, apague durante uma hora as luzes de casa ou do trabalho


Prepare-se mais uma vez para a Hora do Planeta e exponha sua preocupação com o meio ambiente. Este ano o ato simbólico, em que todos apagam suas luzes durante sessenta minutos, acontecerá no sábado, dia 29 de março, das 20h30 às 21h30.

Divulgação

Divulgação

“Use seu poder para salvar o planeta”

Promovida no mundo todo pela Rede WWF, a iniciativa pretende mobilizar governos, empresas e a população em prol da preservação do meio ambiente.

“Use seu poder para salvar o planeta”

Com o slogan “Use seu poder para salvar o planeta”, a Hora do Planeta 2014 irá apresentar até o dia 29 de março embaixadores que estimulem a participação das pessoas no movimento.

O primeiro deles vem direto das histórias em quadrinhos e do cinema. O Homem-Aranha, vivido nas telas pelo ator Andrew Garfield, que estrela o filme Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro, com lançamento previsto para 1o de maio no Brasil.

Além do protagonista, o diretor da produção Marc Webb também irá apoiar e participar efetivamente da Hora do Planeta 2014 – ao lado dos atores Emma Stone, que interpreta Gwen Stacy (par romântico do herói) e Jamie Foxx, no papel do vilão Electro.

A participação do Homem-Aranha foi possível graças a uma parceria entre a Rede WWF e a Sony Pictures Entertainement.

 

Fonte: Catraca Livre

A importância dos manguezais para o nosso planeta


            

 

Os mangues são a espinha dorsal das costas dos oceanos tropicais, são muito mais importantes para a biosfera do oceano global do que anteriormente previsto. E, embora essa mata de mau-cheiro lamacento não tenha o encantamento de florestas tropicais ou recifes de corais, uma equipe de pesquisadores observou que a linha costeira de plantas lenhosas fornecem mais de 10 por cento do carbono orgânico dissolvido fornecido ao oceano a partir da terra.

 

As árvores de manguezal, cujas raízes pneumatóforas protegem as zonas úmidas costeiras contra o oceano, formam um importante habitat, berçário para inúmeras espécies de peixes, crustáceos, mamíferos, aves e insetos. Cobrem menos de 0,1 por cento da superfície terrestre global, e mesmo assim são responsáveis por um décimo do carbono orgânico dissolvido (COD) que flui da terra para o mar. Instituições alemãs de pesquisas, analisaram a saída de carbono a partir de uma floresta de manguezal no Brasil e sugerem que a sua vegetação é uma das principais fontes de matéria orgânica dissolvida no oceano.

 

Os pesquisadores observam que a matéria orgânica que é dissolvida nos oceanos do mundo contém uma quantidade semelhante de carbono que é armazenada nos céus como o dióxido de carbono atmosférico, um importante gás de efeito estufa. A matéria orgânica dissolvida é um ator importante no ciclo global do carbono atmosférico que regula o dióxido de carbono e o clima.

Para entender os ciclos biogeoquímicos globais, é fundamental quantificar as fontes de carbono orgânico dissolvido nos ambientes marinhos e os manguezais mostram que desempenham um inesperado papel no ciclo global do carbono.

O sistema de raízes dos manguezais retém a folhagem úmida, rica em carbono absorvido da atmosfera e o fixa no sedimento superficial, onde a matéria orgânica dissolvida é lixiviada em grandes quantidades nas águas costeiras. A ascensão e queda diária das marés escoa o carbono dissolvido para o oceano aberto (como uma saco de chá mergulhado em uma xícara). Já no oceano, no entanto, o intenso sol tropical destrói alguns dos pontos mais delicados das moléculas de carbono orgânico dissolvido. Entretanto, mais da metade da matéria orgânica dissolvida sobrevive ao ataque da luz solar e de bactérias.
 

Os pesquisadores alemães mediram as substâncias químicas em amostras de água de um manguezal no norte do Brasil, utilizando isótopos naturais de carbono e espectroscopia de ressonância nuclear magnética, uma técnica comum estabelecida para determinar estruturas de compostos orgânicos, e determinaram que manguezais são, efetivamente, a principal fonte de carbono orgânico dissolvido no oceano aberto. No total, eles concluíram que o carbono exportado do mangue é de aproximadamente 2,2 trilhão de moles de carbono por ano, quase o triplo do montante estimado a partir de estimativas anteriores de menor envergadura sobre carbono liberado para o oceano.

A folhagem de manguezal, no entanto, diminuiu pela metade ao longo das últimas décadas devido ao crescente desenvolvimento costeiro e danos ao seu habitat. Como o habitat mudou, cada vez menores quantidades de detritos provenientes de manguezais estão disponíveis para a formação e a exportação de matéria orgânica dissolvida para o oceano. Os pesquisadores especulam que o rápido declínio dos mangues ameace o delicado equilíbrio e podem, eventualmente, desativar o importante elo de ligação entre a terra e o oceano, com potenciais consequências para a composição atmosférica e do clima terrestre.

 

Laísa Mangelli