Estiagem multiplica casos de furto de água nas regiões Norte, Sudeste e Nordeste do Brasil


 

Falta de água já atinge várias regiões do Brasil (Divulgação EBC)

 

Em meio à seca em boa parte do País, os casos de furto de água vão se multiplicando, principalmente, nas regiões mais castigadas, caso do interior de São Paulo e Minas Gerais. Mas mesmo no Nordeste e Norte isso já vem se tornando crime comum. Na semana passada, foi criada em Manaus (AM) uma delegacia especializada em combater essas fraudes.

Em Poços de Caldas, Sul de Minas, ) foram descobertas cerca de 50 ligações clandestinas feitas diretamente em uma nascente. Já em Manaus, onde foi inaugurada a delegacia especializada, somente em 2013 foram expedidas pela companhia responsável mais de 22 mil notificações por uso ilegal de água.

Em outros locais ainda não foram tomadas medidas desse porte, mas os prejuízos vão se acumulando. Em Brodowski, no interior paulista, duas pessoas foram presas nesta semana após uma fiscalização ser iniciada. No município o prejuízo com esse tipo de ação chega a R$ 100 mil por mês, já tendo sido detectadas pela prefeitura mais de 50 ligações clandestinas.

Nas delegacias, as ocorrências dispararam porque antes o departamento de água não comunicava o fato, apenas orientava o infrator. Porém, com a crise hídrica, todo caso está terminando em registro policial e, segundo o delegado José Augusto Franzini o infrator responde por furto.

Em Iracemópolis (SP) uma empresa especializada será contratada para tentar apurar o número exato de ligações clandestinas. Vereadores dizem que uma lei proibindo lavar carros e calçadas fez aumentar muito o desvio de água. Na cidade a tática dos infratores é instalar dois registros, um legal e outro irregular – o mais usado.

Em Bauru (SP), que nesta semana oficializou o racionamento, um restaurante foi flagrado usando água desviada de uma praça pública. Já em Americana (SP) o problema não é o furto de água, mas sim de hidrômetro. De acordo com o DAE (Departamento de Água e Esgoto), foram mais de 60 nos últimos três meses, sendo que quando isso ocorre o vazamento de água no local chega a 3 mil litros por dia.

Na Região Metropolitana de São Paulo, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), já foram registrados desde o início do ano mais de 10 mil casos de fraudes. A perda foi de 1,3 bilhão de litros de água, que acabou consumida sem que houvesse a cobrança.

A empresa informou que esta quantidade seria suficiente para abastecer 270 mil pessoas. Equipes intensificaram o combate às fraudes que também podem ser denunciadas por telefone através do Disque-Denúncia (número 181). A Sabesp opera em 364 municípios paulistas.

 

Fonte: Itatiaia

Paulistano que trocar ônibus ou carro por bicicleta poderá ser remunerado


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A checagem do percurso feito pelo ciclista poderá ser feita com a ajuda da tecnologia
Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

A gestão Fernando Haddad (PT) planeja recompensar financeiramente o paulistano que trocar o carro ou o ônibus pela bicicleta, por meio da criação do bilhete mobilidade, que substituirá o atual bilhete único. Segundo a Prefeitura, quem fizer parte do percurso diário de bike passará a acumular créditos. Eles serão calculados de acordo com a distância, o local e o horário percorridos, e poderão ser resgatados em dinheiro ou consumidos em uma rede credenciada de serviços, informa Adriana Ferraz, do jornal O Estado de S.Paulo, nesta segunda-feira, 18 de julho.

A ideia é estimular o uso da bicicleta como meio de locomoção até o trabalho e integrar os diferentes tipos de modais. Para isso, a Prefeitura promete dar “descontos” na passagem de ônibus, na viagem de táxi ou nos percursos realizados em carros compartilhados, como o Uber. Todos passariam a aceitar os créditos acumulados pelos ciclistas, assim como estabelecimentos credenciados, como em um programa de milhagem. Também está previsto o resgate em dinheiro de créditos, a exemplo da Nota Fiscal Paulista. Se essa for a opção, o reembolso deverá ser liberado a cada quatro meses ou duas vezes ao ano, em conta bancária.

Segundo prevê o projeto, desenvolvido em parceria com o vereador José Police Neto (PSD), a verba para o pagamento dos ciclistas sairia do montante repassado às empresas de ônibus como subsídio – por ano, são cerca de R$ 2 bilhões. O valor é necessário porque a tarifa, hoje de R$ 3,80, não cobre todos os custos do sistema. De acordo com a empresa que presta o serviço e a quantidade de viagens dentro de três horas (período do bilhete único), esse valor pode alcançar até R$ 5.

O foco será o trabalhador, que tem 6% de seu salário descontado em folha

“Subsídio não deve ser repassado apenas para o transporte coletivo. Temos de mudar essa lógica e usar melhor esse dinheiro. Ao incentivar o uso da bicicleta, tiram-se carros das ruas e passageiros dos ônibus superlotados”, afirma Police Neto. O projeto de lei proposto originalmente por ele já foi aprovado em primeira discussão e, com o apoio da gestão Haddad, deve ter o aval definitivo da Câmara Municipal até o fim do ano. A previsão é de adotar o bilhete mobilidade já em 2017.

Valores
Os valores dos créditos não estão definidos. Mas, segundo a SP Negócios, empresa municipal responsável pela implementação , deverão ser calculados de modo a atrair o paulistano no horário de pico. “É quando os ônibus já são muito explorados, então, faz mais sentido fazermos um incentivo mais forte nesse período”, diz o diretor-presidente, Rodrigo Pirajá. “Dessa forma, racionalizamos mais o transporte como um todo, com base no uso de vários modais.”

Subsecretário do Tesouro Municipal, Luiz Felipe Vidal Arellano reforça que o valor dos créditos deve ser suficiente para estimular as pessoas a andar de bicicleta. “Se for muito baixo ninguém se sentirá incentivado a aderir, mas, por outro lado, não pode representar uma elevação dos gastos da Prefeitura”, diz, referindo-se ao custo dos subsídios.

O ciclista deverá adquirir o bilhete mobilidade (ou continuar usando seu bilhete único) e baixar um aplicativo indicado pela Prefeitura

Formatos semelhantes já funcionam em outras cidades do mundo. Em Paris, por exemplo, o ciclista recebe cerca de R$ 0,90 (€ 0,25) por quilômetro rodado. “Em São Paulo, acho que oferecer de R$ 4 a R$ 8 por dia em créditos resolveria. Esse seria um valor significativo para atrair e para ajudar a bancar a manutenção da bicicleta, o seguro, os equipamentos. Quem aceita o desafio de ajudar a cidade deve ser reconhecido e recompensado”, diz Police Neto.

Aplicativos
Para participar do programa, o ciclista deverá adquirir o bilhete mobilidade (ou continuar usando seu bilhete único) e baixar um aplicativo indicado pela Prefeitura. A checagem do percurso feito pelo ciclista poderá ser feita com a ajuda da tecnologia, via celular, ou mesmo por meio de pontos de medições – em terminais, estações de metrô ou de aluguel de bicicleta.

O foco será o trabalhador, que tem 6% de seu salário descontado para o complemento do transporte – o restante é pago pelo empregador. A estimativa é de que o modelo de créditos seja vantajoso para quem recebe até R$ 3 mil mensais. Acima disso, o reembolso em créditos não compensará o desconto na folha salarial.

Fonte: EcoD

Infrator ambiental pode ter pena alternativa em São Paulo


Medida pode ir desde a reparação do dano ambiental até a prestação de serviços ecológicos

                         

SOROCABA – O autor de infração ambiental de menor dano no Estado de São Paulo poderá cumprir medida alternativa ao pagamento da multa que, geralmente, tem valor elevado. É o que dispõe um decreto da Secretaria do Estado do Meio Ambiente, publicado no Diário Oficial do último dia 5. A medida sócio-educativa pode ir desde a reparação do dano ambiental até a prestação de serviços ecológicos ou participação em cursos de educação ambiental. Com o cumprimento da medida, o infrator pode optar por um abatimento na multa ou por pagar o valor em 12 parcelas. Em alguns casos, ele trocará a multa por serviços ambientais.

 

De acordo com o coordenador de fiscalização ambiental da Secretaria, Ricardo Viegas, a expectativa com o decreto é aumentar para 75% a resolução dos processos por dano ambiental no Estado, hoje de apenas 15%. Dos 13 mil autos de infração que a Polícia Ambiental e outros órgãos de fiscalização aplicam por ano, menos de dois mil são pagos e resolvidos. Os outros 85% acabam ficando sem solução em processos que se arrastam por até cinco anos. “Na maioria das vezes, o infrator não tem condições de pagar a multa e o dano ambiental fica sem resposta”, disse.

 

O novo procedimento prevê uma audiência de conciliação num prazo de até 40 dias após a autuação do infrator. Após a análise de atenuantes, como o baixo impacto do dano, a falta de condições financeiras e a ausência de antecedentes, serão oferecidas ao infrator as penalidades alternativas. “Há até a possibilidade de conversão da multa em prestação de serviços ambientais, como a participação em projetos de recuperação florestal, por exemplo.” De acordo com a Polícia Ambiental, a maior parte das autuações envolve pessoas de baixo poder aquisitivo, como caçadores e pescadores irregulares, portadores de pássaros silvestres ou pessoas que danificam ou cortam uma árvore.

 

Com o decreto, o pequeno infrator passa a ter tratamento diferenciado do aplicado aos grandes desmatadores, por exemplo. De acordo com Viegas, os novos procedimentos serão acompanhados de outras mudanças, como o sistema informatizado de apoio à restauração ecológica, que permite acompanhar em tempo real as intervenções na área degradada, inclusive com acesso público. O monitoramento ambiental por imagens de satélite, estendido a todo o Estado, detecta alterações na vegetação de 0,2 hectares (2 mil m2), com cem vezes mais precisão que o sistema existente na Amazônia. “A fiscalização ficou mais eficiente, mas faltava fechar o ciclo. Com as novas medidas, o retorno ambiental será melhor e mais rápido”, disse.  

 

Fonte: Estadão

O equívoco da suspensão da ciclovia na Avenida Paulista


18012015-obra-ciclovia-paulistaObra da ciclovia na Av. Paulista. Foto: Vá de Bike

O MP Estadual ajuizou na Justiça paulista uma ação civil pública para fins de paralisar as obras de implantação de ciclovias na cidade de São Paulo.O pedido era amplo e objetivava inclusive a paralisação das obras na Avenida Paulista. A liminar concedida não atendeu integralmente ao pedido (as obras na Paulista prosseguem). Ainda assim, pergunta-se: será que essa liminar contribui para a mobilidade urbana e para a redução da poluição atmosférica?

A implantação de ciclovias é medida que merece o aplauso de quem quer que esteja preocupado com o meio ambiente e a qualidade de vida – questão que passa pelo debate sobre a não-privatização das vias públicas por automóveis particulares, quase sempre carregando apenas seu próprio motorista. A poluição atmosférica causada pelos motores de veículos automotores (parados) é responsável por milhares de mortes e doenças cardiorrespiratórias em São Paulo.

A ciclovia é uma alternativa ecológica, saudável e barata de transporte. Evidentemente, há que se aguardar uma mudança de mentalidade para que um número cada vez maior de pessoas passe a se utilizar desse meio. Na periferia, a ideia começa a emplacar. Na Avenida Paulista, é preciso concluir a ciclovia.

A pior alternativa, porém, será judicializar uma das raras políticas públicas de caráter ecológico das últimas décadas na maior cidade do país. Não é demais ressaltar que, enquanto os contribuintes das mais elevadas faixas de IPVA de São Paulo criticam ferozmente esse projeto, no exterior ele é contemplado com o Sustainable Transport Award de 2014.

É evidente que ciclovias, apenas, não são suficientes para resolver esta verdadeira síndrome que é o trânsito paulistano – algo que há muitos anos já serviu de motivo para o romance "Não verás país nenhum", do Ignácio de Loyolla Brandão, que tem início com um congestionamento definitivo. Em alguns percursos, pedalar é praticamente inviável – por exemplo, nas ladeiras da Vila Pompéia, do Jaraguá ou da Freguesia do Ó. Não é o que ocorre, porém, em longos trajetos como o do Jabaquara até a Estação Vila Madalena, sob o Minhocão, desde o Shopping Bourbon (na Pompéia) até a Estação Dom Pedro II e muito além. Ou mesmo em aclives mais suaves, como os das Avenidas Consolação ou Lins de Vasconcelos.

É claro que o poder público deve também implementar o sistema metroviário. Um percurso de menos de 12 km, do Itaú Cultural (Av.Paulista) ao Frangó (Largo Nossa Senhora do Ó), numa noite de sexta-feira, na melhor das hipóteses, não leva menos de uma hora e meia. Se as obras da Linha 6 do Metrô tivessem sido concluídas, esse mesmo trajeto levaria menos de meia hora. A promessa era de que fossem entregues em 2015 e, agora, a estimativa é de entrega por volta do bicentenário da independência do país.Da mesma forma, a ampliação de pistas exclusivas para ônibus é mais do que benvinda, merecendo estender-se até as cidades da Grande São Paulo.

Modificar um paradigma que teve início com Prestes Maia e se consolidou com Paulo Maluf, porém, não é algo fácil. Infelizmente, está ocorrendo mais uma vez (a exemplo de todo o debate nacional dos últimos oito meses), a PARTIDARIZAÇÃO de uma rara proposta urbanística com impacto ecológico positivo(veja).

Parado no trânsito da Avenida Paulista, na volta do trabalho, recebo pelo "Waze" mensagens de desconhecidos: "Maldita ciclovia! Maldito PT! Fora Dilma e Haddad!". O que a prática de ciclismo tem a ver com o PT? Se a conversa segue por aí, não se vai a lugar nenhum. Como, aliás, já acontece com o tráfego de automóveis na cidade.

Guilherme José Purvin de Figueiredo: Professor Convidado dos Cursos de Pós-Graduação em Direito Ambiental da PUC-Rio e PUC-SP. Doutor em Direito pela USP. Autor dos livros “Curso de Direito Ambiental” (6ª Ed., RT) e “Propriedade no Direito Ambiental” (4ª Ed., RT)

Fonte: (o) eco

 

Professora de SP insere projeto de educação ambiental e ganha repercussão no Egito


Com luvas, jalecos e sacolas plásticas, os alunos da E.E. Ilza Irma Moeller Cóppio caminham em direção ao rio Paraíba, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. A temperatura quente não intimida os estudantes que recolhem todo lixo que encontram e conversam sobre a importância de preservar o meio ambiente.

“Não fazemos isso só para a gente, é para as gerações futuras”, diz a aluna de 16 anos, Natália Silva. “O mundo de amanhã será o mundo dos nossos filhos. Precisamos ter essa consciência”, completa a estudante Daniele Santos.

A atividade, desenvolvida semanalmente, faz parte da disciplina eletiva que o modelo de escola de tempo integral proporciona. Com o projeto Água Educa, criado pela professora de Geografia Rosa Sousa, são discutdos, na parte teórica, o ciclo hidrológico e a influência do homem sobre o meio ambiente.

“Na etapa prática, monitoramos a água do rio verificando o PH, turbidez e nível de oxigênio. Também preservamos a mata plantando árvores e trabalhamos a questão da gestão do lixo, recolhendo os resíduos que encontramos pelo caminho”, conta a professora Rosa.

O projeto deu tão certo que a escola foi convidada para realizar um workshop sobre a ação no Egito, na conferência Let’s Take Care Of The Planet. “A iniciativa sensibilizou os jovens e a comunidade. Hoje, vejo que é possível fazer a diferença, pois já podemos ver o retorno da nossa ação no comportamento dos jovens e da comunidade”, finaliza a professora.

O vídeo abaixo mostra o grupo em ação:

 

As informações são da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Fonte: Ciclo Vivo

Por que São Pedro sozinho não vai tirar São Paulo da seca


              

Com o passar dos dias e a intensificação da estiagem histórica na Cantareira, fica cada vez mais cristalino que tem algo fora do eixo na gestão da água do Estado de São Paulo. É fato que São Pedro não tem sido lá muito amigo dos paulistas nestes primeiros meses de 2014. Desde dezembro, o Estado de São Paulo vive sua pior estiagem em mais de 80 anos. Agora, acender vela para que o apóstolo abra as portas do céu e faça a água cair sobre as represas sedentas não é a solução mais racional.

 

Aqui em terra, a preservação e proteção desse recurso é responsabilidade de todos, mas sua correta gestão recai, principalmente, sobre o poder público. Caprichos da natureza não são suficientes para justificar que o Estado com o maior PIB do país e lar de 10% da população brasileira esteja à beira de um colapso d´água.

 

Com o passar das semanas e o aprofundamento do drama da Cantareira, que atingiu seu pior nível ontem, de 12,5%, fica cada vez mais cristalino que tem alguma coisa errada na gestão da água paulista. A suspeita é reforçada pela recente admissão pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) de que existe, sim, risco de ocorrer rodízio de água, caso os níveis dos reservatórios da companhia no Estado de São Paulo não sejam restabelecidos. Essa informação não consta em algum relatório recente feito na esteira da crise paulista, mas no relatório de sustentabilidade de 2013 da empresa divulgado esta semana.

 

Até aí tudo bem, não fosse pelo fato da afirmação ir de encontro à negativa repetida a exaustão ao longo das últimas semanas pelo governo de Geraldo Alckmin de que "São Paulo não terá racionamento de água".

 

Afinal, quem tem razão?
 

Faz pelo menos quatro anos que o Estado de São Paulo está a par dos riscos de desabastecimento de água na Região Metropolitana. Em dezembro de 2009, o relatório final do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, feito pela Fundação de Apoio à USP, não só alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira como sugeriu medidas cabíveis a serem tomadas pela Sabesp a fim de garantir uma melhor gestão da água.

 

O estudo afirmava que o sistema da Cantareira tinha "déficits de grande magnitude". Entre as recomendações feitas pelo relatório estavam a instauração de processos de monitoramento de chuvas e vazões do reservatório e implementação de postos pluviométricos. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o promotor Rodrigo Sanches Garcia, do Grupo Especial de Defesa do Meio Ambiente, afirmou que a Sabesp já tinha conhecimento sobre a necessidade de melhorias há mais tempo.

 

"Na outorga de 2004, uma das condicionantes era que a Sabesp tivesse um plano de diminuição de dependência do Cantareira. O grande problema foi a demora de planejamento", contou.

 

Investigação
 

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai instaurar, ainda nesta semana, um inquérito civil para esclarecer a crise no Sistema Cantareira. Além de considerar a falta de chuvas sobre as bacias hidrográficas que alimentam a Cantareira nos primeiros meses do ano, o inquérito vai apurar informações sobre a possibilidade de erros de gestão da Sabesp.

 

À frente do inquérito está o 1º Promotor de Justiça do Meio Ambiente da capital, José Eduardo Ismael Lutti. Referência em matéria de direito ambiental, o promotor já fez críticas públicas à possíveis falhas dos órgãos competentes pelo abastecimento de água e ao próprio governo Alckmin.

 

"Temos o pior sistema de gestão de recursos hídricos que se pode imaginar", afirmou durante evento em São Paulo, em março, numa crítica direta a possíveis intervenções políticas.

 

"Político não serve para ser gestor onde o conhecimento técnico tem que imperar. Nosso sistema de abastecimento está no limite há no mínimo quatro anos, e o que foi feito para evitar o colapso?", questionou.  Segundo Lutti, a recusa por parte do governo em falar em racionamento tem conotações políticas claras, já que estamos em pleno ano eleitoral.

 

Ações de emergências
 

Com a crise instalada, entraram em cena algumas medidas de emergência na tentativa de amenizar o problema.

 

De saída, a Sabesp ofereceu desconto de até 30% na conta para quem economizasse água. Com a adesão popular e controle dos desperdícios, a medida já economizou volume suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de Curitiba.

 

Outra medida, essa menos popular por várias razões, foi a tentativa de provocar chuva artificial, um processo chamado de semeadura de nuvens, ao custo de R$ 4,5 milhões. Especialistas em meteorologia olham com reservas a técnica, que é alvo de controvérsias, por sua eficácia e possíveis efeitos indesejados no meio ambiente.

 

Já que não chove nas represas, a investida mais radical será recorrer a obras para retirada do chamado volume morto, um reservatório que está abaixo do nível alcançado hoje pelo sistema de captação. Mas mesmo essa água extra tem limite, dá para garantir líquido extra na torneira por cerca de quatro meses. Outra alternativa, que depende menos do estado e mais da disposição dos vizinhos, é a proposta de construir um canal para retirar água da bacia do Rio Paraíba do Sul, que abastece o Rio de Janeiro.

 

É polêmica. Para especialistas da área, retirar água do Paraíba do Sul pode antecipar um colapso de abastecimento para o povo fluminense. Agora que a crise já está instalada, começam a sair do papel projetos antigos que podem proteger a cidade de futuros colapsos.

 

É o caso da construção de um novo reservatório de água, em Ibiúna, fruto de parceria público-privada, prevista para ser concluída em 2018.

 

A natureza, mas quem escuta?
 

Todas essas ações tomadas quando a crise já está instalada mostram que a solução vai muito além da boa vontade de São Pedro. A natureza fala e os sinais são claros. Mas estamos dando a devida atenção? O colapso do sistema da Cantareira é uma tragédia anunciada há tempos.

 

Verões mais intensos e com padrões de chuvas alterados são sinais de mudanças no padrão climático. O verão de 2014 foi o mais quente de São Paulo em 71 anos. Além dos termômetros em alta recorde, o verão também trouxe tempo seco sem precedente e a falta de chuva, que levaram as principais represas à situação de estresse hídrico.

 

Não há estudo que mostre a relação direta entre o aquecimento do planeta e as altas temperaturas registradas por aqui. No entanto, com a tendência de aquecimento dos últimos anos, verificados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPPC), os extremos climáticos tornam-se mais comuns.

 

Escolhas
Em agosto de 2014, a outorga do Sistema Cantareira deverá ser renovada. Na ocasião, o governo paulista vai alterar dispositivos, ao menos é isso que se espera. Vai decidir quanto de água o sistema poderá prover por dia, que regiões serão abastecidas, e com que prioridade.

 

"Se a decisão for baseada em critérios técnicos, a vazão total deveria ser reduzida", escreveu o biólogo Fernando Reinach, em coluna no jornal Estado de S. Paulo.

 

"No futuro, teremos mais anos com pouca chuva e mais anos com um grande excesso de chuvas. Para garantir o suprimento de água nos anos secos, os reservatórios deveriam ser administrados com uma folga maior. Menos água pode ser retirada, e os níveis médios devem ser mantidos mais altos", diz.

 

Em carta, publicada no site da Agência Nacional de Águas, a Sabesp pede a renovação da outorga do sistema Cantareira. O documento de 43 páginas não menciona a redução da captação de água, apenas reitera que um estudo para diminuir a dependência do sistema Cantareira será apresentado, dentro de 30 dias após contrato firmado. Caberá ao governo decidir quanto de água poderá sair.

 

Se seguir o pensamento técnico e determinar a redução da captação diária, não sobrará outra alternativa à Sabesp ou outras empresas candidatas que não implementar de imediato novas soluções.

 

Se tudo permanecer do jeito que está, só vai restar acender vela para São Pedro, mesmo.

 

Fonte: Exame

Laísa Mangelli

Amazônia Mundi convida público a viver experiências inesquecíveis na floresta


            

Imagine embrenhar-se em uma aventura pela Amazônia, seus encantos e mistérios. Visualizar igarapés, rios voadores e ouvir os sons da mata. Isso é possível na região Leste de São Paulo. Reunindo instalações, murais, fotos, vídeos, vitrines e ambientes com história, lendas e mitos sobre a região, a exposição Amazônia Mundi, no Sesc Itaquera, proporciona ao visitante a oportunidade de imersão na realidade da floresta.

Realizada pelo Sesc SP, a exposição  pretende sensibilizar o público para realidades ainda pouco conhecidas da região, dona de um patrimônio humano, cultural, social e biológico incalculável. “A exposição Amazônia Mundi é uma continuidade do processo de reflexão que o Sesc busca trazer ao seu público de forma aprofundada e lúdica. Importante como oportunidade de conhecermos melhor a população da região e reconhecê-los como parte do nosso conjunto humano, e à sua diversidade de fauna e flora como patrimônio brasileiro, sempre com o intuito de preservar, mas especialmente, de valorizar os aspectos socioculturais das regiões que formam este país”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc.

Amazônia Mundi traz para a unidade Itaquera uma cenografia inédita, resultado de um trabalho iniciado em 2002, no Sesc Pompeia, com o projeto Amazônia Br, que percorreu o mundo em 11 montagens nos últimos 10 anos, e  foi visto por 1,5 milhão de pessoas. “Amazônia Mundi aproveita repertórios e experiências anteriores, incorporando as grandes mudanças pelas quais a Amazônia está passando, a partir de novos conteúdos, imagens e soluções expositivas”, afirma a curadora Anna Claudia Agazzi.

Com uma proposta de reflexão ampliada, além de aproximar o público do patrimônio amazônico e instigar a curiosidade, a exposição pretende provocar a responsabilidade em relação a ele. Com mais de 1.200m² de ambiente expositivo, Amazônia Mundi é uma das mais importantes exposições sobre a região amazônica – que traz ao público a experiência de viajar pela maior biodiversidade do planeta e conhecer o chamado “Brasil profundo” – e não poderia estar instalada em lugar mais apropriado, os 350.000m2 que compõe a unidade do Sesc em Itaquera estão localizados em uma área de proteção ambiental.

A exposição conta com um espaço que convida o visitante a conhecer festas populares da região amazônica, e ambientes multimídia que levam conhecimento sobre projetos em desenvolvimento na região, imagens de satélite do Rio Amazonas e muitas outras imersões.

             

A aventura de viajar por esse universo é amplificada pela trilha sonora desenvolvida pelo violonista e engenheiro de som Alvise Migotto. Utilizando softwares, sintetizadores, processadores de áudio e de tratamento, Alvise captou e recriou de forma artesanal sons de pássaros, insetos, vento e chuva, que compõem cada ambiente de forma diferente.

Para trazer ao público uma dimensão mais rica da diversidade da região – evitando as reduções, simplificações e estereótipos que muitas vezes caracterizam o senso comum sobre ela -, os idealizadores foram buscar conteúdo junto a organizações que pesquisam e atuam na Amazônia. São eles: Instituto Peabiru, ISA – Instituto Sócio Ambiental, INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, OGPTB – Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngues, IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, WWF – World Wide Fund for Nature, Governo do Amapá, FAS – Fundação Amazonas Sustentável e ICMBio –  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A exposição que entrou em cartaz no mês de novembro permanece aberta ao público até maio de 2015. Com ingressos acessíveis a partir de R$ 1, e visitação de quarta a domingo e feriados. Endereço: Sesc Itaquera – Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1000, Itaquera, São Paulo, SP; informações: (11) 2523 9200.

Fonte: http://www.dci.com.br/panoramabrasil/amazonia-mundi-convida-a-familia-para-viver-esperiencias-inesqueciveis-na-floresta-id375533.html

Laísa Mangelli

Hortas urbanas: uma revolução orgânica e sustentável


Em meio à megalópole de São Paulo, organizados em coletivos nascidos na web, os paulistanos estão ocupando os espaços públicos e semeando idéias para deixar a cidade menos cinzenta através das hortas urbanas. Elas são uma forma de se conhecer melhor a vizinhança, revitalizar o uso do espaço urbano e mudar a maneira de produzir comida. A idéia é facilitar o acesso a alimentos frescos e saudáveis, aumentar as áreas verdes nas metrópoles e diminuir o impacto do transporte de hortaliças, que hoje se baseia em um complexo mecanismo orquestrado de produção, transporte e distribuição. O conceito também já pegou em outros locais do mundo, como Havana, em Cuba, ou São Francisco, nos EUA.
 

                                                

A jornalista Cláudia Visoni é uma das principais representantes do coletivo de “Hortelões Urbanos” da cidade de São Paulo. Segundo ela, o grupo reúne na internet atualmente mais de 4.000 pessoas interessadas em trocar experiências de plantio doméstico de alimentos. A grande maioria já cultiva ervas, frutas e hortaliças no quintal, em jardins verticais, sistemas hidropônicos ou até mesmo em varandas de apartamentos. Além disso, eles pretendem inspirar os vizinhos a se envolverem no plantio voluntário de alimentos em áreas públicas. É o caso das hortas que têm se erguido informalmente e dado vida a terrenos baldios, beira de rios e praças da cidade, como na Vila Beatriz, na Vila Industrial, em Taboão da Serra, na Pompéia e até na Praça do Ciclista, em plena Avenida Paulista. Qualquer um pode por a mão na terra, plantar, colher e levar para casa o que cultivou gratuitamente. Para que essa realidade se espalhe, o Coletivo de Hortelões Urbanos da cidade de São Paulo entregou à Prefeitura de São Paulo uma carta com a reivindicação de que uma horta comunitária seja implementada em cada bairro, em cada escola, parque e nos postos de saúde.

Porém, a densa urbanização de São Paulo torna um desafio pensar na destinação de terrenos vagos para o plantio. O shopping Eldorado encontrou uma forma de criar sua horta urbana usando o telhado do prédio. Construir uma horta de 1.000 metros quadrados, que se aproveita de 600 kg diários de resíduos da praça de alimentação e da poda dos jardins do shopping, preparados para o plantio em uma composteira no subsolo do prédio. Desta forma, produz-se o substrato natural responsável por adubar alfaces, quiabos, camomilas, tomates, cidreiras, entre outras plantas que, quando colhidas, são distribuídas aos funcionários das lojas. Duas enzimas desenvolvidas pelo Bio Ideias possibilitaram a aceleração da compostagem (que em condições naturais pode levar até 180 dias) e a eliminação de odores. No início, o composto foi doado para hortas comunitárias e, em 2012, começou a implantação da horta no próprio telhado.
 

                                                  

Uma crítica a concepção ao potencial da agricultura urbana é o fato dela ser considerada de pequena escala e pouco produtiva. Cláudia Visoni reconhece que esse tipo de prática tem cunho mais educativo e ambiental do que potencial de abastecimento, mas explica que para se ganhar escala de produção, o estímulo da gestão pública é imprescindível. “As residências e empresas deveriam ter abatimento do IPTU no caso de compostarem seus resíduos orgânicos”, afirma. Outra idéia seria a distribuição de mudas orgânicas em estufas municipais (atualmente desativadas) para os agricultores periurbanos e a inclusão da horticultura no currículo das escolas.

Um exemplo onde as iniciativas espontâneas da população ganharam a adesão e o estímulo do governo é Cuba. Na década de 90, a cidade de Havana enfrentou uma forte crise de abastecimento com o colapso da União Soviética, responsável até então pelo fornecimento de boa parte dos alimentos consumidos no país, além dos insumos para a monocultura, como fertilizantes e pesticidas. Na época, os moradores da capital tomaram terraços, pátios e terrenos baldios e começaram a plantar feijões, tomates, bananas e diversos outros tipos de alimentos nos próprios bairros, pois o já precário sistema de transporte da ilha entrava em decadência. Em vez de coibir essas ações, o governo criou o Departamento de Agricultura Urbana e liberou o cultivo em terrenos sem uso produtivo, treinou agentes públicos para a implementação e manutenção de hortas nos bairros, construiu locais de distribuição de sementes e consolidou pontos de venda direta dos alimentos.

De acordo com Maria Caridad Cruz, engenheira agrônoma da FANJ (Fundacion Antonio Núñez Jiménez de la Naturaleza y el Hombre), hoje, 80% dos alimentos frescos de Cuba vêm das agricultura urbana – que abrange desde lotes de manejo individual até grandes propriedades de gestão estatal – cujos produtos são orgânicos (o controle biológico de pragas substituiu os pesticidas).

O deputado estadual Simão Pedro (PT), que é também secretário de serviços da cidade de São Paulo, atua há 11 anos com políticas públicas na área de agroecologia e reconhece que Havana é um ótimo exemplo, mas tem buscado inspiração também em outras cidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, várias estão criando planos de agricultura urbana, conselhos de política alimentar e mapas de locais potenciais para o plantio. Empresas de paisagismo também têm incluído no seu portfólio os chamados projetos apelidados de “foodscape” (algo como “alternativa para a comida”), que inserem o cultivo agrícola em jardins, parques municipais, condomínios e até no telhado de estacionamentos gigantes. Em São Francisco, na Califórnia, a prefeitura mudou os regulamentos de zoneamento, a fim de permitir o cultivo local de alimentos, e criou o sistema de compostagem municipal, transformando resíduos orgânicos em insumo para as hortas públicas.

           

Simão Pedro diz que um projeto similar com relação aos resíduos foi incluído no Plano de Metas da capital paulista. Segundo o secretário, hoje 52% de todo lixo encaminhado para os aterros da cidade são de natureza orgânica, ou seja, são resíduos que produzem chorume, contaminam o solo e proliferam doenças, mas que poderiam ser transformados em adubo. Além disso, o deputado quer instalar em bairros periféricos de São Paulo o projeto “Revolução dos Baldinhos”, de Florianópolis, O projeto catarinense surgiu em 2008 como resposta a uma epidemia de ratos no bairro Monte Cristo, na periferia da cidade, que culminou na morte de duas crianças. Para solucionar a crise, lideranças comunitárias em parceria com o agrônomo Marcos de Abreu, do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro), começaram a estimular a população a separar os resíduos orgânicos em baldes (por isso o nome do projeto). Depois de recolhidos, 15 toneladas de materiais orgânicos se transformam todo mês em composto utilizado em hortas comunitárias e domésticas que se espalharam pelo bairro e resolveram o problema dos ratos. Atualmente, o excedente do composto está sendo beneficiado e embalado por jovens da periferia, que querem criar uma cooperativa para gerir o negócio.

Participante da Horta dos Ciclistas e Horta das Corujas (Vila Beatriz), Cláudia Visoni enumera as vantagens das hortas urbanas: “a horticultura precisa ganhar mais espaços pois é uma solução simples diminuir os custos alimentares e melhorar o clima da cidade atenuando ilhas de calor. Também é uma alternativa gratuita de lazer, aumenta a permeabilidade do solo, reduz as emissões de gases do efeito estufa (pois evita o transporte motorizado de alimentos) e inaugura espaços práticos de educação ambiental.

Fonte: O Eco

Laísa Mangelli

Em São Paulo, lixo orgânico de feiras livres vai virar adubo.


Projeto quer reutilizar podas das árvores e lixo das feiras livres. O objetivo é construir soluções de coleta e tratamentos para resíduos, ajudar produtores rurais com adubo, diminuir o lixo transportado e aumentar a vida útil dos aterros

                            

A Prefeitura de São Paulo pretende tirar 62 mil toneladas anuais de resíduos orgânicos que hoje são destinados para aterros  e transformar o material em adubo. Hoje, 53% do lixo coletado é orgânico e não é aproveitado. Caso fosse levado para centrais de compostagem, a emissão de gás metano, que gera efeito estufa, diminuiria 20 vezes.

A ideia é criar quatro centrais de compostagem até 2016. Cada uma delas deve ter custo mensal de R$ 500 mil, valor equivalente ao gasto para transportar e enterrar o lixo das feiras livres em aterros. O programa espera economizar 30% na limpeza das feiras.

Em fase de testes

Uma feira livre de São Mateus, zona leste, está servindo como testes para o projeto. Todo o lixo orgânico ali produzido deixou de ser enviado para o aterro que fica na divisa com Guarulhos para compostagem no próprio bairro.

Os próprios feirantes têm colaborado, descartando os restos de frutas e verduras nas caçambas que serão destinadas para compostagem, diminuindo o lixo jogado no chão. A Prefeitura quer transformar 2 garis em agentes ambientais, que vão acompanhar a coleta, transporte e compostagem.

Cerca de 40 agricultores da zona leste já estão aguardando o adubo da feira livre de São Mateus, o que pode baratear a produção e o custo final dos alimentos.

Foto: Ambiental – UFSC

Fonte: Catraca Livre

 

Encontro: Mudanças Climáticas e o Litoral de SP


O evento "Encontro: Mudanças Climáticas e o Litoral de SP", nos próximos dias 2 e 3 de abril, em Iguape, Litoral Sul de São Paulo, contará com a presença de especialistas em mudanças climáticas e dinâmica costeira.

 

O encontro faz parte do Projeto Mudanças Climáticas e o Futuro das Comunidades do Litoral Sul Paulista, desenvolvido pela Iniciativa Verde que conta com apoio do Instituto HSBC Solidariedade.

 

O objetivo principal do projeto é apoiar as comunidades da região para conseguirem enfrentar a difícil realidade que se apresenta com o agravamento dos efeitos resultantes do aquecimento global e o consequente aumento dos níveis do mar e dos fenômenos climáticos extremos. Tais mudanças colocam em risco a população e seus meios tradicionais de moradia e subsistência.

 

Assim, o evento identificará as maiores vulnerabilidades e as respectivas medidas que deverão ser tomadas para enfrentar o problema. Entidades da região estão convidadas a mandar representantes que poderão fazer suas considerações, tirar suas dúvidas e definir ações. As conclusões vão contribuir para a elaboração do Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas para o Lagamar que está em discussão pelo Grupo Setorial de Coordenação do Gerenciamento Costeiro do Complexo Estuarino-Lagunar de Iguape e Cananeia.

 

1º dia (2 de abril)

18h até 21h – Debate: Mudanças Climáticas no Lagamar – Mesa de discussão com Humberto Rocha (modelagem em mudanças climáticas, Insituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférias da Univerdade de São Paulo) e Célia Gouveia (vulnerabilidade costeira, Insitituto Geológico, Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo) em mudanças climáticas e dinâmica costeira. 
Local: Auditório da Escola Técnica Engenheiro Agrônomo Narciso de Medeiros (ETEC) de Iguape (Rodovia Casemiro Teixeira, Km 51,5). Com coffee break de boas-vindas para todos.

 

2º dia Encontro: Mudanças Climáticas e o Litoral Sul de SP (3 de abril)

Local: Pousada Recanto das Aves (Estrada do Icapara, Km 3,5 – Iguape).
9h00 até 13h30 – Discussão das Vulnerabilidades: apresentação dos resultados levantados e analisados pelo projeto e discussão (em grupos).
13h30 até 17h – As propostas de adaptação: apresentação e debate das propostas (em grupos).

 

Mais informações aqui: http://www.iniciativaverde.org.br/comunicacao-artigos-e-noticias-detalhes.php?cod=218

 

Fonte: Mobilize